A Uganda planeja anunciar que vai mudar sua embaixada para Jerusalém na próxima semana, disseram fontes ligadas ao presidente e à comunidade cristã do país ao jornal israelense The Jerusalem Post.
Fontes disseram à publicação que a mudança está em andamento há três anos. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Uganda não pode confirmar o relatório.
O site israelense Ynet informou na quarta-feira (29) que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve viajar para Uganda na próxima segunda-feira, mas não mencionou o motivo da visita.
O pastor Drake Kanaabo, líder da Redeemed of the Lord Evangelistic Church Makerere, na cidade de Kampala, confirmou ao Jerusalem Post os rumores sobre a mudança.
Ele disse que é importante que Uganda mude a embaixada para a Jerusalém “por causa de nosso bom relacionamento passado com o Estado de Israel”.
“No nível espiritual, Uganda considera Israel como a mãe do cristianismo”, disse Kanaabo. “Os cristãos ugandenses não têm apenas Israel como uma perna para se apoiar, mas duas — em oração e ação. Israel é o único país do primeiro mundo que fica perto de Uganda e da África”.
Durante anos, missionários evangélicos dos Estados Unidos viajaram para o Uganda, espalhando a mensagem do Evangelho. Hoje, o cristianismo influencia as políticas no país africano.
O presidente de Uganda, Yoweri Kaguta Museveni, se declara evangélico. Em 2009, a National Public Radio informou sobre os laços entre Museveni e a organização cristã americana The Fellowship, que fundou o Café da Manhã Nacional de Oração nos EUA.
No início desta semana, milhares de cristãos foram às ruas Uganda para cantar, marchar e agitar bandeiras israelenses enquanto oravam pelo Estado de Israel, em uma série de eventos patrocinados por cristãos de Israel e intercessores de Uganda.
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Se Uganda efetuar a mudança, esta será a terceira embaixada a reconhecer Jerusalém como capital de Israel, depois dos EUA, Guatemala e Paraguai (que voltou atrás na decisão).
A visita de Netanyahu a Uganda acontecerá dias depois que o primeiro-ministro viajou aos EUA para se encontrar com o presidente Donald Trump, na ocasião em que foi divulgado o plano de paz chamado de “Acordo do Século”, e à Rússia para tentar obter o perdão da turista israelense Naama Isaachar, por suposto contrabando de drogas.