38 cristãos são resgatados após serem sequestrados em culto na Nigéria

As vítimas foram raptadas durante um ataque à Igreja Apostólica de Cristo, na cidade de Eruku, na semana passada.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian PostAtualizado: sexta-feira, 28 de novembro de 2025 às 14:57
Os membros da Igreja Apostólica de Cristo foram resgatados. (Foto: Instagram/Lindaikejiblog).
Os membros da Igreja Apostólica de Cristo foram resgatados. (Foto: Instagram/Lindaikejiblog).

Trinta e oito cristãos que foram sequestrados durante um culto na semana passada, na Nigéria, foram resgatados em uma operação das forças de segurança do país.

As vítimas foram raptadas durante uma ataque islâmico à Igreja Apostólica de Cristo, na cidade de Eruku, Estado de Kwara, em 18 de novembro.

Uma transmissão ao vivo do culto registrou o momento em que dez jihadistas armados invadiram o templo e abriram fogo contra os fiéis. Vários membros foram mortos, incluindo o pastor.

A libertação dos 38 cristãos foi divulgada pelo governo de Kwara, Abdul Rahman Abdul Razaq, que afirmou que a operação de resgate foi uma intervenção direta do presidente Bola Tinubu.

Segundo a TVC News, o presidente nigeriano cancelou sua viagem à cúpula do G20 na África do Sul para tratar de "violações de segurança" nos estados de Kwara e Kebbi.

O governador também relatou que diversos órgãos do governo participaram da operação: o escritório do Conselheiro de Segurança Nacional, Departamento de Serviços Estatais, Exército Nigeriano, Agência de Inteligência da Nigéria e Polícia da Nigéria.

Em um comunicado, a Christian Solidarity Worldwide, uma organização que apoia cristãos perseguidos, afirmou que os sequestradores eram membros de uma milícia fulani e que exigiram 69.000 dólares por pessoa e depois reduziram o resgate para cerca de 14.000 dólares.

Sequestros em massa

O ataque à Igreja Apostólica de Cristo foi um dos vários casos recentes envolvendo sequestros em massa e ataques a instituições cristãs na Nigéria.

Na última sexta-feira (21), 303 alunos e 12 professores foram sequestrados por homens armados, em uma escola católica no estado do Níger.

Na semana passada, criminosos invadiram um internato feminino do governo no noroeste do estado de Kebbi e sequestraram 25 alunas, incluindo meninas cristãs. Durante o ataque, o vice-diretor da escola foi baleado e morto.

Apesar da escalada de ataques contra igrejas e vilarejos cristãos, o governo nigeriano nega que haja um genocídio em curso.

Autoridades do país insistem que a violência é resultado da ação de “bandidos armados” e não de perseguição religiosa sistemática – uma posição contestada por organizações internacionais de direitos humanos e líderes cristãos locais.

No início deste mês, o presidente americano Donald Trump classificou a Nigéria como “País de Preocupação Particular” sob a Lei de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA, indicando que sua administração considerou que o país participou ou tolerou “violações sistemáticas, contínuas e graves da liberdade religiosa”.

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