Bíblias serão distribuídas em 14 idiomas na Copa do Mundo, no Catar

A Sociedade Bíblica vai oferecer Novos Testamentos e Evangelhos de João a turistas e trabalhadores do evento.

Fonte: Guiame, com informações de Bible SocietyAtualizado: sexta-feira, 18 de novembro de 2022 às 12:55
Bíblias serão oferecidas a turistas e trabalhadores durante a Copa do Mundo no Catar. (Foto: American Bible Society).
Bíblias serão oferecidas a turistas e trabalhadores durante a Copa do Mundo no Catar. (Foto: American Bible Society).

A Sociedade Bíblica irá distribuir exemplares do Novo Testamento e do Evangelho de João durante a Copa do Mundo, no Catar.

As Bíblias, em 14 idiomas, serão oferecidas aos turistas de várias nacionalidades que visitarão o país árabe e também aos trabalhadores imigrantes, que estão preparando a estrutura para o maior evento do futebol.

Os operários construíram oito estádios para a Copa e o Qatar Rail, expandiram o Aeroporto Internacional de Hamad, e até construíram a nova cidade Lusail.

Grupos de direitos humanos manifestaram preocupações com a situação precária desses trabalhadores no Catar.

De acordo com denúncias do The Times e do The Daily Mail, os imigrantes – principalmente do Nepal, Bangladesh, Índia e Filipinas – estavam trabalhando na construção de estádios debaixo de intenso calor em más condições.

Eles enfrentavam turnos de 18 horas e salários baixos, com alguns operários recebendo apenas 1 euro por hora. Mortes e feridos foram registrados.

Mas, um número cada vez maior de imigrantes estão encontrando esperança em Jesus e as igrejas na região do Golfo estão crescendo.

A Sociedade Bíblica está apoiando as igrejas locais, fornecendo Bíblias para obreiros e treinando pastores.

“Nosso mandato como Sociedade Bíblica é acender esperança, cuidado e amor nos corações de milhares'', declarou o Dr. Hrayr Jebejian, secretário-geral da Sociedade Bíblica no Golfo.

Para ele, a Copa do Mundo é uma oportunidade de anunciar as Boas Novas do Evangelho para milagres de pessoas.

“O plano é alcançar trabalhadores imigrantes e visitantes internacionais da Copa do Mundo por meio da distribuição do Evangelho de João e do Novo Testamento em árabe, inglês, francês, alemão, hindi, italiano, malaiala, nepalês, português, cingalês, espanhol, tagalo, tâmil e Telugu”, afirmou Hrayr.


Bíblias serão oferecidas a turistas e trabalhadores durante a Copa do Mundo no Catar. (Foto: American Bible Society).

Os exemplares das Escrituras já foram enviados da Inglaterra para o Catar. “Esta é uma tremenda chance para a Sociedade Bíblica no Golfo alcançar pessoas solitárias, deprimidas e problemáticas – trabalhadores e visitantes – com a consoladora e vivificante palavra de Deus”, concluiu Hrayr.

Catar na Lista de Perseguição

A liberdade religiosa também é muito restrita no emirado árabe. A Portas Abertas colocou o Catar no número 18 de sua Lista Mundial de países onde é mais difícil ser cristão (contra 29 em 2021).

O nível de perseguição é “muito alto” com “opressão islâmica, opressão de clãs e paranoia ditatorial”, diz o grupo que defende os cristãos.

Mesmo com o islamismo sendo a religião principal, profundamente enraizada na estrutura governamental desta monarquia, estima-se que um em cada dez que vivem no Catar seja cristão. A maioria deles são trabalhadores migrantes, vindos de outros países da Ásia.

Igrejas estrangeiras

Esses cristãos estrangeiros são muito mais livres para viver sua fé no Catar do que os nacionais, embora os estrangeiros também possam sofrer pressão. Igrejas estrangeiras são frequentemente monitoradas pelo governo e limitadas a áreas específicas.

“Os estrangeiros convertidos do Islã podem evitar alguma pressão ao ingressar em uma comunidade mais internacional”, mas enfrentam outras formas de opressão, pois trabalham em empregos indesejados e muitas vezes correm o risco de cair na exploração.

Há também um pequeno número de convertidos nativos. “Esses crentes enfrentam extrema pressão de suas famílias e comunidades muçulmanas”, descreve a Portas Abertas.

“O país não reconhece oficialmente a conversão do Islã, o que causa problemas legais e perda de status, guarda dos filhos e propriedade”.

“O resultado final”, eles concluem, “é que no Catar, tanto indígenas quanto imigrantes convertidos correm o risco de discriminação, assédio e vigilância policial por sua fé”.

 

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