Boko Haram liberta reféns, mas ainda mantém cristã que se recusou a negar Jesus

As dezenas de reféns haviam sido sequestradas em fevereiro e o grupo terrorista só teria libertado as garotas muçulmanas.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: sexta-feira, 23 de março de 2018 às 14:55
Terroristas do Boko Haram. (Foto: TheCable)
Terroristas do Boko Haram. (Foto: TheCable)

O Boko Haram libertou dezenas de alunas sequestradas de uma aldeia nigeriana no mês passado, mas manteve pelo menos uma delas, simplesmente porque ela é cristã e se recusou a negar sua fé em Jesus.

Segurando bandeiras pretas e brancas e vestindo trajes militares, membros do grupo jihadista dirigiram-se ao centro da vila de Dapchi e devolveram a maioria das garotas que haviam raptado em 19 de fevereiro.

Autoridades do governo disseram que pelo menos 104 das 110 meninas que haviam sido sequestradas foram devolvidas, mas o número total ainda não está claro.

No entanto, a Anistia Internacional sugere que quatro delas ainda estão sendo mantidas como reféns, incluindo uma garota que, segundo as autoridades americanas, é uma cristã. Seus colegas cativos disseram a suas famílias que ela não foi libertada porque se recusou a negar sua fé e se converter ao islamismo, de acordo com o New York Times.

O governo nigeriano negou que quaisquer resgates tenham sido pagos, depois que eles foram acusados ​​de serem lentos em reagir aos sequestros, onde os membros do Boko Haram fingiram ser tropas do governo e levaram as meninas para caminhões.

Há também relatos na mídia local de que cerca de cinco dos cativos morreram devido a condições de superlotação nos caminhões.

"Dapchi está cheia de alegria", disse Mohammed Mdada, que viu as meninas sendo levadas, segundo o 'The Guardian'. Ele disse que os militantes pediram desculpas a alguns dos pais das meninas e apertaram suas mãos antes de partir.

"Eles disseram que, se soubessem que eram meninas muçulmanas, não as teriam raptado", disse Mdada. "Eles avisaram as garotas que deviam ficar longe da escola e, se voltassem e encontrassem qualquer garota na escola, as raptariam de novo e nunca mais as devolveriam".

O próprio nome 'Boko Haram' significa "a educação ocidental é um pecado" na língua Hausa local e um dos objetivos do grupo tem sido impedir o que eles entendem como uma "educação de estilo não-islâmico".

As meninas foram libertadas "por meio de esforços do canal dos bastidores e com a ajuda de alguns amigos do país", segundo Lai Mohammed, ministro da Informação da Nigéria.

No entanto, alguns dos relatos não foram claros e um relatório da Anistia Internacional afirmou que a polícia e as forças de segurança sabiam que o Boko Haram planejava sequestrar as estudantes, mas não fez nada a respeito.

As meninas foram levadas de suas famílias para Abuja, capital da Nigéria, onde se acredita que elas estejam se encontrando com o presidente, Muhammadu Buhari.

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