“Meu primeiro ultrassom realmente me atingiu como um trem”, diz Hannah. “Não é real para muitas mulheres até que você ouça o coração do bebê. Como as pessoas podem abortar? Como alguém pode tirar essa vida? É um bebê!”, indigna-se.
Hannah tinha 17 anos quando descobriu que estava grávida. Viciada em drogas e sem esperança, ela deu de encontro com um grande ônibus azul brilhante com as palavras “Free on Board Ultrasound” (Ultrassom grátis a bordo). A jovem foi até lá e entrou.
Van Save the Storks. (Foto: Reprodução/Save the Storks)
O veículo estacionado ao lado daquela rua movimentada era um dos 43 ônibus da Save the Storks (Salve as cegonhas), um projeto do casal Joe e Ann Baker, que começou em 2012 com o objetivo disponibilizar unidades médicas móveis em todo os EUA para atender mulheres propensas ao aborto.
Como tudo começou
Em 2010, Joe fez uma viagem missionária. Não para um país estrangeiro, mas para a cidade de Nova York. Lá ele se juntou a defensores pró-vida que estacionaram uma van de transporte, equipada com aparelho de ultrassom fora de uma clínica de aborto no Bronx.
Eles estavam lá oferecendo ultrassonografias gratuitas e assistência a qualquer mulher que desistisse de abortar. Foi ali que Joe conheceu uma mulher que ajudaria a mudar o curso de sua vida.
“Essa mulher vem até mim e diz: 'Estou aqui para a minha consulta'”, lembra Joe.
Joe Baker, fundador da Save the Storks. (Foto: Reprodução/Save the Storks)
“Eu não tinha certeza do que deveria dizer, então comecei a gaguejar e falar que não trabalhava para aquela clínica. ‘Você gostaria de abortar’? perguntei à mulher que me respondeu, ‘Com certeza’”, conta o missionário sobre sua primeira experiência que iria impedir um aborto.
A mulher subiu na van enquanto Joe orava. Ela saiu 40 minutos depois, segurando seu telefone. Joe perguntou: "Quem você está chamando?" Com lágrimas nos olhos, a mulher disse: "Eu estou chamando minha mãe para dizer que ela vai ser avó."
Foi nesse momento que Joe e a vida de sua noiva Ann mudaram.
Um ano depois, Joe e Ann se casaram. Em vez de comprar uma casa, compraram uma van e começaram sua visão do que seria a Save the Storks.
Implantar Unidades Móveis
Hoje, cada unidade móvel, que é utilizada por centros de gravidez, é equipada com uma área de aconselhamento e equipamentos de última geração para dar às pacientes o primeiro vislumbre da vida que está crescendo dentro delas.
“Nós ficamos em lugares onde as pessoas precisam de ajuda e encorajamento”, explica Natasha Smith, da Save the Storks.
Ela explica que a Save the Storks treina pessoas para serem líderes pró-vida: “São feitos treinamentos para captação de recursos, planejamentos estratégicos sobre o ABC da mobilidade, a formação de advogados e o coaching executivo de vida.”
Muitos dos centros de gravidez que a Save the Storks também usa, têm ultrassom e aconselhamento disponíveis. No entanto, as clínicas móveis permitem a eles a flexibilidade de estacionar fora de clínicas de aborto, de despensas de alimentos e de outras áreas onde possam alcançar mulheres preocupadas com o aborto.
"Eu vi uma mulher a bordo de um ônibus em Nova York", disse Natasha. “Ela tinha acabado de perder sua consulta de aborto e nossa afiliada local a convidou para fazer um ultrassom gratuito. Quando a jovem saiu do ônibus, cerca de 45 minutos depois, todo o seu semblante havia mudado”, contou.
“Ela não queria olhar ninguém nos olhos antes, mas agora ela estava radiante com o sorriso mais bonito. Ela abraçou todos nós na calçada quando se afastou da clínica de aborto. Foi incrível ver como a esperança e a alegria podem substituir o sofrimento, o medo e a vergonha quando uma mulher recebe apoio”, afirma.
Quatro em cada cinco mulheres que entram no ônibus da Save the Storks escolheram a vida para seus bebês. Mas a ajuda não para por aí. O centro de gravidez trabalha com as mulheres para ajudar a eliminar as razões pelas quais o aborto parecia ser a única opção.
“As vozes mais fortes em nossa cultura não representam a maioria e ficamos gratos por fazermos parte da próxima geração de um meio amoroso e compassivo de expressão pró-vida”, acrescenta Natasha.
“Queremos que todas as mulheres prosperem. Elas são fortes. Elas podem ter sucesso. Acreditamos que elas podem fazer qualquer coisa com o apoio dessa rede que existe para ajudá-las”, conclui.