Governador do Kentucky assina lei que proíbe aborto após batimento cardíaco ser detectado

Outros três projetos pró-vida foram assinados para dificultar realização de aborto no estado.

Fonte: Guiame, com informações do Christian HeadlinesAtualizado: quarta-feira, 14 de agosto de 2019 às 19:39
Governador do Kentucky, Matt Bevin, assinou quatro projetos pró-vida. (Foto: Reprodução/Owensboro Times)
Governador do Kentucky, Matt Bevin, assinou quatro projetos pró-vida. (Foto: Reprodução/Owensboro Times)

O estado de Kentucky acaba de se tornar outro estado americano, ao lado da Louisiana e do Texas, que proíbe o aborto quando o batimento cardíaco é detectado, o que geralmente acontece por volta de seis semanas de gravidez.

O "projeto de batimento cardíaco fetal" foi assinado pelo governador republicano Matt Bevin na última quinta-feira (08).

"Sou profundamente grato por ser governador de um estado que valoriza de forma tão avassaladora a santidade da vida humana", disse ele em um comunicado à imprensa. "Kentucky está liderando a investida nesta luta vitalmente importante para o coração e alma de nossa grande nação”, declarou.

Três outros dispositivos pró-vida também foram assinados no mesmo dia, como o que orienta os médicos a informarem os pacientes sobre abortos por medicação reversa e o que proíbe abortos baseados em sexo, raça ou deficiência percebida.

Há ainda o House Bill 148, feito preventivamente, caso Roe v. Wade seja aceito, o estado não seja obrigado a realizar abortos.

O governador havia tentado o projeto de batimentos cardíacos no início deste ano, mas foi bloqueado pelo juiz David J. Hale, que considerou a lei potencialmente inconstitucional, segundo o New York Times.

Com apenas uma clínica de aborto no estado, a ACLU de Kentucky também tentou proteger sua existência. Em 2017, Bevin assinou outra lei exigindo um acordo por escrito com um hospital para transferir qualquer paciente com emergência médica.

A ACLU, maior organização de defesa dos direitos humanos dos Estados Unidos, temia que a clínica tivesse que fechar, caso o projeto fosse aplicado, embora isso não acabasse sendo verdade.

"Não haveria nenhuma clínica no estado de Kentucky, o que é um fardo incrível para a capacidade do paciente de ter acesso aos cuidados, sobre os mais onerosos que você pode ter", disse Heather Gatnarek, do Kentucky ALCU.

"Não há evidências de que os pacientes que vão para hospitais que têm acordos de transferência sejam mais bem tratados do que aqueles que não têm", disse.

No início desta semana, o Public Religion Research Institute divulgou uma pesquisa indicando que 54% dos americanos acreditam que o aborto deve ser legal na maioria dos casos, conforme relatado pelo Christian Post.

Outra pesquisa, apresentada pela Planned Parenthood de acordo com o Courier, mostrou que 65% dos Kentuckianos acreditam que as mulheres devem ter “acesso a todas as opções de cuidados de saúde reprodutiva disponíveis, incluindo o aborto”.

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