O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) queimou vivo um cristão egípcio e assassinou seu pai a tiros em Alarixe, no nordeste da península do Sinai.
Os assassinatos aconteceram depois que os jihadistas ameaçaram novos ataques contra cristãos egípcios em um vídeo publicado na última segunda-feira (20). O principal alvo das ameaças são os fiéis do grupo étnico-religioso copta.
O homem que foi queimado vivo foi identificado como Medhat Hana, de 45 anos. Seu pai, morto a tiros pelo grupo, era Saad, de 65 anos.
Fontes de segurança do país confirmaram a causa da morte das vítimas e informaram apenas que os corpos foram encontrados na manhã desta quarta-feira (22) "atrás de uma escola no centro de Alarixe".
O Egito abriga cerca de nove milhões de cristãos em meio a uma população de maioria muçulmana sunita. Dentre os cristãos, o maior grupo religioso faz parte da Igreja Ortodoxa Copta, que não está em comunhão com a Igreja Ortodoxa nem com a Igreja Católica.
Em seu último vídeo, os jihadistas egípcios do EI afirmaram que os cristãos coptas são sua "presa favorita" e que o atentado a uma igreja no Cairo foi "apenas o começo" da perseguição contra esses "infiéis".
O atentado à Igreja Copta, que deixou 27 pessoas mortas, foi o mais grave contra esta minoria — que representa 10% a 12% da população do Egito — desde o ataque com carro-bomba na madrugada de 1º de janeiro de 2011, que atingiu a Igreja dos Santos, na cidade litorânea de Alexandria, no qual morreram 23 pessoas.