Desde 2014, a escritora Vania Rozzett, de 56 anos, trava uma batalha contra o câncer. No entanto, em vez de ser desanimada pelo diagnóstico, a doença impulsionou seu propósito em Deus.
Durante o tratamento contra o câncer, Vania criou uma casa de acolhimento em Teresina (PI) conhecida como Associação Muito Além de um Câncer (Amac), que já ajudou mais de 4 mil pacientes.
“Deus pegou minha dor e transformou em uma missão”, disse Vania ao G1. “A casa serve para ajudar essas mulheres, lá elas têm cama, kit higiene, acompanhamento psicológico, alimentação, assistência social e apoio espiritual”.
A Amac foi fundada em 2018 e tem capacidade para acolher 20 mulheres, de forma gratuita. Sem patrocínio do governo, o projeto se mantém através de doações de pessoas, igrejas, rifas e da venda de livros escritos por Vania.
“É uma casa que foi criada com muito amor e propósito, depois de eu ouvir muitas histórias de mulheres que foram abandonadas pelos seus maridos. Recebemos as que vêm do interior do Piauí e de qualquer parte do Brasil”, contou Vania.
O câncer levou Vania a ver a vida com outros olhos e a valorizar as pequenas coisas. “Aprendi a levar a vida com leveza, a vida é um presente”, afirma. “Hoje, para mim, a vida tem um sentido muito mais lindo. Dou valor a coisas mais simples, às pessoas, à minha família, aos meus netos, à minha alegria. Não me permito mais ficar triste, porque a vida é curta, precisamos aproveitar o máximo.”
Em dezembro de 2020, Vania também foi diagnosticada com a Covid-19 e chegou a ficar internada por sete dias.
Vania recebendo alta depois de superar a Covid-19. (Foto: Arquivo Pessoal)
“Foi um milagre, porque dei entrada com mais de 50% do pulmão comprometido e também sou diabética. Vejo a mão de Deus na minha vida e na minha história. Ainda estou me recuperando, pois fiquei com sequelas, mas meu pulmão já está 86% recuperado”, ela conta.
Mesmo com as batalhas em sua saúde, Vania não deixou de transmitir mensagens de fé por meio de vídeos, durante o período de internação pela Covid-19.
“Eu preciso olhar para mim e pensar que Deus está comigo e todo o tempo eu pensava que iria sair bem. Eu pensava que tem pessoas melhores que eu, se olharmos para a dor do outro, vemos que pessoas que estão piores que nós”, explica.
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