A cabeleireira Carina Vilela, que mora em Cosmópolis, tem 25 anos de idade. Apesar da Juventude, Carina enfrentou no ano de 2020, um dos maiores desafios que uma pessoa pode enfrentar: a batalha contra o câncer.
A jovem descobriu a Leucemia Mieloide de Aguda M3/promielocitica, um câncer no sangue, após muitas dores e sofrimento; e quando lhe restavam apenas 2% de chance de sobreviver.
Cheia de fé, perseverança e apoio de familiares e amigos, Carina segue em recuperação desta fase. E compartilha sua experiência durante esse período com a ajuda de Deus.
“Na primeira internação foram 10 dias na Unicamp, área de reumatologia, e diagnosticada com Lúpus eritematoso sistêmico. Eu estava na cadeira de rodas e não conseguia nem pentear os cabelos, tomar banho, levantar do vaso, nem relar em mim podia”, conta.
Carina diz que gemia e enfrentou muitos dias com dor. “Depois desses dias, vim para casa com os tratamentos para essa doença”, explica.
Mas depois de oito dias em casa, Carina relata que suas dores estavam insuportáveis. “Cheguei a tomar morfina três vezes em um único dia no hospital. Voltei para a Unicamp na cadeira de rodas, gemendo chorando”, diz.
Mesmo usando medicamentos fortes, ela conta que a dor passava por meia hora. “Depois, eu gritava de novo. Fizeram exame de sangue e o resultado mínimo precisava ser 180 mil, eu estava com 11 mil. Foi quando me deram a pior notícia da minha vida, você está com câncer – leucemia aguda. Choramos muito. Eu, meu esposo, minha família. Os médicos me pediram força”, lembra.
Tratamento
A cabeleireira conta que imediatamente recebeu os primeiros comprimidos de quimioterapia, foi início de uma internação para o tratamento com a quimio na veia.
“Foram 30 dias longe da minha filha, de apenas cinco anos de idade, do meu marido, do meu pai, da família e dos amigos. Sofri muito no exame de medula é terrível junto da biópsia. O ser humano nunca deveria passar por isso”, relembra.
Neste período de dores, Carina relata que Deus a ajudou a suportar as dores e segurou em sua mão. “Nesta sequência perdi as contas de quantas quimioterapia se transfusões de sangue. Além disso, muitos, muitos comprimidos. Eu tremia de dor, entre outros problemas de cisto, sangramento e extração de um dente”, conta.
Carina também contraiu uma bactéria hospitalar, devido à imunidade baixa somada a quantidade de antibióticos que a ingeria. Por fim precisou ficar em isolamento.
Recuperação
Aos poucos, Carina foi se recuperando. “Minha medula foi se recuperando e eu não precisava mais de transfusão de sangue. Não deixei de comer e de orar nenhum dia e em todos os dias eu sentir o Senhor me sustentando. Deus é lindo”, testemunha.
“Me entreguei aquele que me livrou da morte e comecei estudar Teologia, sempre ouvindo louvores. Me fortaleci na fé. O Espírito Santo intercedeu por mim. Passei tanta coisa, mas, eu sentia paz e alegria porque sabia que Ele estava comigo. A oração é poderosa. Me batizei dentro da Unicamp, nas águas. Graças Deus. Eu sou um milagre”, afirma.
Superação
Carina conta que quando chegou para o tratamento, “98% de minha medula era de leucemia, eu tinha somente 2% de chance de vida e, hoje, estou aqui para honra e glória do Senhor Jesus”.
Além da gratidão a Deus, Carina agradece a todos que a ajudaram nesse período tão difícil. “Cheguei até aqui, onde nem eu, nem ninguém achou que eu iria chegar. Só agradecer a Deus pela minha vida, por me salvar e me amar tanto assim. Agradecer a todos os médicos, enfermeiros pelo carinho, e por cuidar de mim também. Graças às camareiras, equipe de limpeza, que sempre com muita excelência realizou suas tarefas. Tudo limpinho, uma comida maravilhosa. As recepcionistas, ao pessoal da ambulância, todos envolvidos, minha gratidão”
Caarina teve todo o apoio de sua família, especialmente do marido, a quem chama de parceiro. “Agradeço a minha família por sempre estar ao meu lado, parentes, amigos, conhecidos, vocês me dar uma força imensa. Aos doadores de sangue, obrigada todos vocês. Ao meu amor, por retribuir toda a parceria que sempre tive com ele, meu esposo”.
Entre uma internação e outra, Carina passou 40 dias longe de casa, longe da filha, longe do seu salão, que, segundo ela, já ia praticamente para quase cinco meses fechado.
Ela conta que está desde o dia 15 de dezembro de 2020 até hoje sem remédio nenhum: “Fui ver o mar, que eu tanto amo e achei que nunca mais iria ver. Passei o Natal e o Ano Novo junto com a minha família, não tem preço. O último ciclo de quimio na veia, depois, somente quimio em comprimido, e logo eu creio que não será mais nenhuma”.
Carina diz que sua fé é tão grande que não a faz olhar para as dificuldades: “Só vejo a minha vitória”.
A cabeleira diz que “às vezes você acha que não vai suportar a ‘chuva’, a ‘tempestade’, mas pode ter certeza de que ela passa, e o ‘sol’ vem”.
“Eu não sei qual é o Sol que você espera na sua vida, mas tenha fé em Deus, nunca desista, lute e ele vai brilhar”, conclui.
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