França e Inglaterra são os países com maior número de ataques contra cristãos na Europa

Segundo o Observatório sobre Intolerância e Discriminação contra Cristãos na Europa, em 2023 ocorreram mais de 2.400 ataques e crimes contra seguidores de Jesus.

Fonte: Guiame, com informações da Omnes MagazineAtualizado: segunda-feira, 18 de novembro de 2024 às 13:37
Isabel Vaughan-Spruce e Adam Smith-Connor, ambos presos por oração silenciosa, se juntaram para orar do lado de fora do tribunal de Poole. (Foto: ADF International)
Isabel Vaughan-Spruce e Adam Smith-Connor, ambos presos por oração silenciosa, se juntaram para orar do lado de fora do tribunal de Poole. (Foto: ADF International)

O Observatório sobre Intolerância e Discriminação contra Cristãos na Europa (OIDAC) divulgou seu relatório anual de 2024, referente ao ano de 2023.

De acordo com a organização, mais de 2.400 ataques contra cristãos foram registrados na Europa durante esse período.

Uma comparação dos dados do ano passado com os de 2013 revela um ligeiro aumento nas ameaças e agressões (verbais e físicas) contra a liberdade religiosa.

No entanto, a ausência de dados fornecidos por alguns países dificulta a compreensão exata da magnitude desse problema, que se torna cada vez mais comum no continente.

O OIDAC observa em seu relatório que os países onde ocorreram mais crimes anticristãos foram França, Reino Unido e Alemanha.

Esses crimes variam desde atos de vandalismo até agressões físicas. Os dados fornecidos pelo Observatório indicam que "as formas mais comuns de violência foram vandalismo contra igrejas (62%), incêndio criminoso (10%) e ameaças (8%)."

Cristãos na vida pública

Ataques contra cristãos também estão aumentando no ambiente de trabalho, onde cada vez mais pessoas relatam sofrer algum tipo de discriminação por causa de sua fé.

O documento do OIDAC afirma que "de acordo com uma pesquisa de 2024 realizada no Reino Unido, apenas 36% dos cristãos com menos de 35 anos disseram que se sentiam livres para expressar suas visões cristãs sobre questões sociais no trabalho."

Ataques particulares não são a única preocupação do Observatório. Eles denunciam que "o ano passado também registrou uma série de restrições à liberdade religiosa por governos europeus, desde a proibição de manifstações religiosas públicas até a perseguição de cristãos pela expressão pacífica de suas crenças."

Além de fornecer dados, o relatório do OIDAC inclui exemplos concretos de ataques à liberdade dos cristãos, seja no trabalho, na universidade, no templo ou na rua. Também menciona ataques em redes sociais e programas de televisão. De fato, alguns estudos mostram que a religião cristã é a mais criticada na mídia.

Falta de liberdade

Todos esses acontecimentos levaram ao surgimento do fenômeno da "autocensura", uma tendência cada vez mais pronunciada, especialmente entre os jovens cristãos, de não expressar suas opiniões em espaços públicos por medo de represálias.

Outra questão abordada no relatório é a falta de liberdade enfrentada pelos pais para educar seus filhos na fé cristã, assim como os cortes na autonomia da Igreja, como os que a Bélgica, por exemplo, está sofrendo.

O OIDAC conclui que os ataques contra cristãos estão aumentando, e as agressões físicas se tornando mais frequentes no continente europeu.

Essa violência representa um ataque direto aos valores cristãos, e o Observatório recomenda que isso seja amenizado por meio de conscientização, reforma legislativa e treinamento de cristãos.

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