O último relatório anual do Pew Research Center revelou que a perseguição violenta contra os cristãos está aumentando, mas a Release International, que apoia cristãos perseguidos em todo o mundo, alertou que as descobertas subestimam a forma como os crentes são tratados em países como a China e a Coreia do Norte.
Os pesquisadores descobriram que um aumento recorde nas restrições à religião foi imposto por muitos governos em todo o mundo, com os cristãos enfrentando o assédio em 143 países.
A Release International disse que, embora "acolha com satisfação o relatório", ele não pintou um quadro totalmente preciso da perseguição cristã global.
"A amplitude de sua investigação significa que está atrasado", afirma um comunicado da instituição.
"De nossas próprias descobertas, diríamos que a ênfase insuficiente é colocada nas crescentes restrições na China e na severa perseguição dos cristãos na Coreia do Norte", explicou a Release International.
Igreja cristã na China atacada por autoridades comunistas. (Foto: Reprodução/AP)
A instituição disse que o nível de perseguição na China, que atinge níveis históricos, é ainda maior do que este estudo revela, já que a pesquisa terminou em 2017.
"No ano seguinte, a China impôs novas restrições ainda mais duras para reprimir os cristãos em seu país", explicou Paul Robinson, da Release International.
A China também restringiu o número de grupos religiosos que podem se registrar no governo para realizar cultos de adoração.
No entanto, há relatos de que até igrejas cristãs registradas estão sendo fechadas pelo governo. A Coreia do Norte, que ocupa primeiro lugar na Lista Mundial de Perseguição da Portas Abertas, não está incluída no relatório da Pew.
A explicação dada diz: “Fontes primárias indicam que o governo norte-coreano está entre os mais repressivos do mundo, incluindo a religião”.
Diz ainda, “mas como os observadores independentes não têm acesso regular à Coreia do Norte, as fontes não conseguem fornecer o tipo de informação específica e oportuna que constitui a base deste relatório.”