Norte-coreana traficada encontra Jesus na internet e testemunha: “Sou filha de Deus”

Eun-Young se tornou uma pregadora da Palavra e sonha em ser missionária em seu país.

Fonte: Guiame, com informações de Global Christian ReliefAtualizado: terça-feira, 16 de janeiro de 2024 às 15:58
Eun-Young. (Foto: Reprodução/Global Christian Relief)
Eun-Young. (Foto: Reprodução/Global Christian Relief)

A norte-coreana Eun-Young perdeu a mãe aos 15 anos de idade e se tornou a responsável por cuidar da casa e dos irmãos. Depois de ser traficada para a China, ela conheceu Jesus e contou seu testemunho.

Diariamente, ela dependia da ajuda de amigos para encontrar comida.

“Senti meu mundo desmoronar, o peso de se sustentar era pesado”, disse ela ao Global Christian Relief.

Devido a dificuldade financeira, ela passou a comercializar frutos do mar. Com isso, quase não ia à escola.

“Conciliar estudos e trabalho não foi fácil, mas também não pude abandonar. A vida parecia uma luta constante”, contou ela.

Tempo depois, Eun-Young decidiu fugir da Coreia do Norte. Uma noite, ela atravessou o rio “Tumen” para a China, porém, o resultado não foi como o esperado.

Ela se tornou vítima de uma indústria de tráfico humano que sequestra muitas mulheres norte-coreanas na China. 

“Os traficantes me venderam a um chinês que não conseguia falar. A princípio não percebi, mas depois de três dias descobri que ele estava sem fala e surdo. Mais uma vez, senti meu mundo desmoronar”, relembrou Eun-Young.

No cativeiro 

O sonho de uma vida melhor logo se tornou um pesadelo nas mãos dos sequestradores. Lá, ela deu à luz a um filho que, segundo ela, se tornou uma promessa e seu propósito. 

“Tendo vivido sem mãe, decidi que meu filho não teria que passar pelo que eu passei”, afirmou Eun-Young.

A principal prioridade dela era evitar ser mandada de volta para a Coreia do Norte, onde os desertores enfrentam tortura, prisão e até execução. 

Segundo o Centro de Base de Dados para os Direitos Humanos da Coreia do Norte, estima-se que 50-80% das mulheres que voltam para o país são vítimas de violência sexual em centros de detenção.

Eun-Young vivia com medo: “Eu sonhava em ser perseguida todas as noites e, todos os dias, sentia dores psicológicas”.

Encontrando esperança 

Na China, ela conseguiu um emprego em uma loja de roupas. A princípio, o desafio linguístico foi uma barreira, mas após se dedicar Eun-Young conseguiu melhorar seu chinês.

Enquanto usava secretamente a internet, Eun-Young viu um filme sul-coreano que contava a história da fuga de um desertor. 

Então, ela buscou ajuda e se conectou com uma rede clandestina de cristãos. Um pastor sul-coreano lhe contou sobre as oportunidades de ter uma nova vida na Coreia do Sul. 

Depois disso, Eun-Young foi para a região, mas durante três meses, permaneceu na Tailândia.

“Durante os três meses que passei estudando a Bíblia, encontrei Deus”, testemunhou ela.

“Quando encontrei Deus pela primeira vez, chorei incontrolavelmente. Queria contar ao meu Pai Celestial todas as dificuldades que enfrentei”, acrescentou.

Enquanto estava na imigração tailandesa, ela pregou para refugiados norte-coreanos para que eles também encontrassem consolo. 

Vivendo na Coreia do Sul

Quando chegou à Coreia do Sul, ela encontrou estabilidade financeira depois de conseguir um emprego como intérprete e tradutora de turistas chineses. 

“Na Coreia do Norte, o meu sonho era apenas comer. Na China, não deveria ser enviado de volta. E agora, na Coreia do Sul, meu sonho era seguir a Deus”, afirmou Eun-Young.

Embora sua vida continue desafiadora, ela mantém a fé: “Sem Deus não posso fazer nada. Somente Ele é minha rocha e meu pastor. Continuarei segurando a mão do Senhor e viverei uma vida caminhando com Jesus onde quer que eu vá”.

E continuou: “Jesus me deu poder e autoestima para viver. Porque sou filha de Deus, posso ter confiança em qualquer lugar”.

Eun-Young sonha em se tornar missionária na Coreia do Norte, levando a esperança que encontrou para outras pessoas que vivem em desespero. 

“Há pessoas que não conhecem a Deus. Quero que eles saibam a verdade”, concluiu ela.

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