Continuam os conflitos e ataques a cristãos, em Manipur, na Índia, por conta de conflitos étnicos e religiosos. Radicais hindus já queimaram 121 igrejas, pelo menos 68 cristãos morreram durante os ataques e mais de 25.000 mil pessoas estão deslocadas. Elas foram forçadas a fugir enquanto suas casas e igrejas queimavam.
Conforme as últimas notícias do Mission Network News, mais de 2.500 casas de cristãos tribais se transformaram em cinzas. “Hindus Meitei no Nordeste da Índia começaram a atacar cristãos tribais há duas semanas em uma terrível campanha de violência”, explica a organização.
As pessoas estão perguntando se isso é uma limpeza étnica ou religiosa: “Pessoalmente, sinto que são as duas coisas. Faz parte da limpeza étnica, mas também faz parte dos fanáticos hindus que propagam suas visões religiosas”, explicou um missionário que não foi identificado por motivos de segurança.
‘Cristãos são considerados inimigos dos hindus’
De acordo com o missionário, os cristãos são considerados um dos maiores inimigos para os hindus e, por isso, eles vão tentar destruir as fortalezas do cristianismo.
“Se fosse apenas limpeza étnica, por que eles queimariam 121 igrejas?”, questionou ao apontar para os “surtos de violência” e revelar que algumas pessoas estão chamando a situação de “guerra civil” e pedindo a criação de um estado tribal separado no Nordeste da Índia.
Os cristãos locais estão oferecendo ajuda urgente e o encorajamento de Cristo nos campos de refugiados: “Estamos trabalhando no alívio de curto prazo, mas eles também exigirão um processo de reabilitação de longo prazo”.
Como os cristãos devem reagir à violência?
De acordo com o missionário, não há outra forma de reagir a não ser pela oração: “Uma maneira de provar que somos discípulos de Jesus Cristo é mostrando amor àqueles que tentam nos perseguir. Temos que orar pelos nossos inimigos”.
Ele explica que muitos se armam porque nunca se sabe quando os militantes ou outros grupos vão chegar para atacar e destruir sua aldeia: “Será uma luta”.
Mas ele continua enfatizando que não se deve subestimar o poder da oração neste momento. “Especialmente em situações como esta. Vamos orar pedindo força, resistência e perseverança pelos nossos irmãos e irmãs. Que a fé deles não diminua, mas que permaneçam firmes e fortes no Senhor”, concluiu.