Missão batiza crianças e adultos em ação evangelística na Amazônia

Oito pessoas foram batizadas em um rio e os voluntários testemunharam o impacto do evangelismo no local.

Fonte: Guiame, com informações de Notícias AdventistasAtualizado: sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025 às 18:57
Indígenas da tribo Tapirayawara. (Foto: Reprodução/Edson Jara/Notícias Adventistas)
Indígenas da tribo Tapirayawara. (Foto: Reprodução/Edson Jara/Notícias Adventistas)

Durante as férias, cerca de 40 pessoas, acompanhadas de seus familiares, doaram parte de seu tempo e arcaram com os próprios custos para ajudar comunidades carentes na Amazônia.  

A missão ocorreu em janeiro deste ano e reuniu profissionais de saúde da Associação dos Médicos Adventistas (AMA), do templo adventista do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), campus Hortolândia e do Instituto de Missões Noroeste.

A maior parte dos voluntários partiu de São Paulo em direção à região de Murutinga e Novo Céu, em Autazes, cidade localizada a 270 km de Manaus. A primeira etapa da viagem foi realizada de avião, seguida por um trajeto de 22 horas de barco.

Após 10 dias, os voluntários alcançaram 410 atendimentos médicos, 124 atendimentos odontológicos e 279 procedimentos, totalizando 813 atendimentos em crianças, adultos e idosos indígenas. 

O clínico geral Edson Jara foi o líder da Missão Amazônia e esteve acompanhado da irmã, sobrinha e cunhado, além de uma equipe de sete médicos, três dentistas, uma enfermeira e uma técnica de enfermagem.

Profissionais de outras áreas também fizeram parte da ação, entre eles empresários, professores, estudantes e até crianças. 

“Trabalhamos de manhã e à tarde, fazendo atendimentos médicos e odontológicos, visitando as famílias ribeirinhas, reformando e pintando casas e ajudando a entreter as crianças", disse Edson ao Notícias Adventistas.


O barco alugado pela missão. (Foto: Reprodução/Edson Jara/Notícias Adventistas)

Atendimento médico 

Edson contou que as atividades da missão foram realizadas em um barco alugado que foi usado como transporte, hospedagem e consultório.

Segundo o Notícias Adventistas, o trabalho missionário da instituição acontece há pelo menos 100 anos na Amazônia e consiste em prestar assistência médica e educar a população sobre cuidados de saúde. Assim como apresentar Jesus através de ações evangelísticas.

O doutor Fabiano Luz, presidente da AMA, decidiu cursar medicina há 30 anos, quando conheceu o trabalho feito por médicos-missionários na região.  

Sobre a última missão, ele disse: “Durante o dia, eu ficava atendendo no consultório e eles puderam ajudar na visitação das pessoas, nas brincadeiras com as crianças, no serviço comunitário, pintando casas, auxiliando no louvor da igreja”.  

Já a periodontista Evely Sartorti da Silva Morgan se emocionou ao lembrar de um dos pacientes. Ela relatou o caso de uma criança de 7 anos, que estava com muitos dentes permanentes e de leite, com cáries e com um sangramento gengival abundante. 

“Fiz a avaliação da criança com a ajuda da mãe e senti o Espírito Santo falar comigo para insistir em saber mais detalhes sobre a condição de saúde do paciente”, contou ela. 

Vendo que se tratava de uma situação delicada, ela pediu a ajuda de Deus para que conseguisse realizar o tratamento de forma segura. 

“Consegui restaurar todos os dentes que precisavam, explicar que o caso se tratava de uma gengivite crônica e o conduzi para o doutor Fabiano fazer uma avaliação sistêmica da criança para depois conseguirmos encaminhá-lo para um acompanhamento de saúde em um hospital”, relatou ela.


Atendimento médico em uma comunidade indígena. (Foto: Reprodução/Edson Jara/Notícias Adventistas)

Ações evangelísticas  

À noite aconteciam os cultos na igreja adventista de Murutinga, onde os voluntários pregavam Jesus para mais de 200 ribeirinhos

Para as crianças, eles contavam histórias bíblicas usando fantoches. 

“Os fantoches eram a atração do momento, algo que as crianças nunca tinham visto”, explicou a administradora de empresas Karen Jara.

“As crianças cantavam com força e com entusiasmo no meio da selva amazônica. Elas estavam descalças, em um lugar vulnerável, em meio ao barro e à água suja, e de repente começaram a cantar: ‘Irei caminhar nas ruas de ouro’. Foi emocionante”, acrescentou Edson.  

No local, o pastor Daniel Gregório foi um dos líderes da equipe de visitação, que estava sempre acompanhada de um médico para facilitar a abordagem e o diálogo com a população. 

Cerca de 120 pessoas foram visitadas diariamente, totalizando 840 visitas em apenas uma semana. “No último dia da missão, oito pessoas foram batizadas no Rio Murutinga, entre crianças e adultos”, informou Edson.

Por fim, os voluntários conheceram uma aldeia onde 70% dos indígenas eram cristãos: “Chegou ao final da missão e o coração está grato por tudo que Deus nos permitiu fazer. É impressionante a receptividade das pessoas, a alegria do povo”, concluiu Edson.

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