Missionária enfrenta ameaças e prega para satanistas no Haiti: “O medo não impede”

Jacklyn entrou em comunidades carentes e templos vodu para pregar o Evangelho, mesmo sabendo dos riscos.

Fonte: Guiame, com informações de Charisma NewsAtualizado: quarta-feira, 21 de março de 2018 às 15:16
Missionários pregando o Evangelho em aldeia carente do Haiti. (Foto: LiveBeyond)
Missionários pregando o Evangelho em aldeia carente do Haiti. (Foto: LiveBeyond)

Uma estudante universitária pregou o Evangelho corajosamente em templos vodu do Haiti e resistiu às ameaças de morte. Como resultado, ela viu os seguidores da religião “abertamente satânica” sendo impactados pelo amor de Cristo.

Jacklyn Vanderpool estava no Haiti ajudando seus pais, David e Laurie, que são fundadores da organização LiveBeyond, dedicada a fornecer água limpa, assistência médica e nutrição aos moradores mais pobres da nação.

Certa noite, Jacklyn teve uma visão enquanto conversava com uma garota em que discipulava. “Nela, eu estava andando com Loubens, um homem que trabalhava para a LiveBeyond, e outro homem desconhecido, na uma curva de uma estrada. Nosso propósito era pregar o Evangelho com os sacerdotes vodu”, ela disse ao site Charisma News.

Os sacerdotes do vodu, uma religião abertamente satânica, são altamente respeitados e temidos nas aldeias haitianas. No dia seguinte da visão, Jacklyn chamou Loubens e ambos foram ao primeiro peristilo (terreiro vodu) para orar pelos feiticeiros — mesmo sabendo dos riscos que isso implicava.

Quando chegaram no segundo peristilo, eles conheceram o sacerdote Monsieur Mondeze, um dos mais temidos da região, enquanto jogava cartas com outros dois homens. “Eu tentei fazer perguntas, mas eles continuaram me ignorando, então me sentei e comecei a pregar”, conta Jacklyn.

Até que, algo que Jacklyn disse, justificou uma resposta de Mondeze. “Ele disse que adorava a Satanás porque ele lhe dava dinheiro, roupas e capacidade de mandar seus filhos para a escola. Tentei dizer a verdade, mas ele se recusou a ouvir o que eu tinha a dizer”, relata a missionária.

Antes de voltarem para casa, os missionários oraram pelos outros homens, que demonstraram interesse pelo Evangelho.


Jacklyn Vanderpool abraçando uma criança haitiana. (Foto: LiveBeyond)

Nas próximas seis semanas, o pastor Sargesse, que havia acabado de iniciar seu trabalho na LiveBeyond, se juntou aos dois missionários — cumprindo a visão de Jacklyn. Eles continuaram visitando os peristilos e o sacerdote Mondeze, que continuava rejeitando a Cristo.

Desafio

Um ano depois, Jacklyn voltou ao Haiti para ser missionária em tempo integral e decidiu visitar Mondeze, depois que soube que ele estava doente. “Entrando no peristilo, senti um peso e opressão. Quando conversei com Mondeze, ele estava aberto para ouvir o que eu tinha a dizer. Ele sabia que Jesus era real, mas não queria nada com o cristianismo”, conta.

Quando estava prestes a sair, Mondeze concordou em receber uma oração. “Além de pedir sua cura, eu orei para que todos os espíritos malignos e demoníacos no peristilo fossem expulsos”, lembra Jacklyn.

Menos de uma semana depois, Mondeze faleceu. Como Jacklyn foi a última pessoa a visitá-lo, todos pensaram que ela o havia matado. Os sacerdotes vodus da região pretendiam sequestrá-la, mas ela sabia que só poderia enfrentar a perseguição depositando sua confiança em Deus.

Naquele dia, Jacklyn e o pastor Sargesse saíram para as aldeias e se depararam com a mesma curva de sua visão. “Olhei para cima e vi 20 membros da gangue local esperando por mim. Quando percebi a intenção deles, comecei a orar. Eu ouvi o Senhor dizer: ‘Amontoe brasas vivas sobre as cabeças deles’. Eu imediatamente corri para abraçar os homens, os abençoando e os chamando de meus irmãos. Depois, todos olharam para mim, sacudiram a cabeça e se afastaram”.

Embora a tradição peça que outro sacerdote tome o lugar do líder falecido, o peristilo de Mondeze continua vazio até hoje. “Há muitos sacerdotes que não permitem minha entrada em seu peristilo e outros que me querem morta desde que centenas de pessoas pararam de praticar vodu e agora seguem a Cristo. Como aprendi com Mondeze, não posso deixar que o medo me impeça de compartilhar o amor de Deus”, finaliza Jacklyn.

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