Esporte, mar e Jesus. Estes três elementos moldam o estilo de vida de pelo menos 280 pessoas de 27 países que participaram do Encontro Internacional de Surfistas Cristãos em Hossegor, no sudoeste da França.
Na última semana de setembro, os surfistas retornaram para suas casas e comunidades com a plena convicção do amor de Deus, de acordo com Phil Williams, coordenador europeu do movimento missionário Christian Surfers.
“Para muitas pessoas, o surf é mais do que um esporte. No Christian Surfers acreditamos, como diz em João 10:10, que devemos viver a vida em abundância e compartilhar nosso combustível com todos”, disse Phil ao site Evangelical Focus.
“Na comunidade do surf, muitas pessoas experimentam algo da criação de Deus e tendem a ser pessoas espirituais, mas muitas obviamente não compartilham das nossas próprias crenças espirituais”, acrescentou.
Em 27 anos envolvido em missões no esporte, Phil observa que as melhores pessoas para alcançar os surfistas são justamente os surfistas. “Acredito que nossos relacionamentos, juntamente com nossa família de surfistas cristãos se unindo para servir, são muito importantes para compartilhar nossa fé com os não-cristãos”.
Participantes do Encontro Internacional de Surfistas Cristãos na França. (Foto: Christian Surfers)
Por outro lado, Phil afirma que dentro comunidade de surfistas cristãos, a Europa é considerada um dos grupos mais difíceis de alcançar. “Em alguns aspectos, os europeus acreditam que já têm tudo o que precisam — o que nem sempre é o caso. Portanto, há realmente espaço para Deus?”, observou.
“Quando as pessoas envelhecem, elas são ainda mais difíceis de alcançar”, Phil avaliou. “Tenho certeza que isso é semelhante em muitos outros lugares, mas na Europa, principalmente nas regiões de surf, tende a haver muita riqueza e não há necessidades para que Deus intervenha”.
Mesmo com as dificuldades, o Evangelho tem sido pregado de maneiras inusitadas. Uma delas foi através de uma imagem emocionante, na qual surfistas formaram uma cruz com suas pranchas sobre um lago.
“Eu sempre senti que a comunidade de surfistas é uma comunidade muito especial e forte. Por mais que pegar a onda seja um esforço muito individual, todo o estilo de vida por trás disso é muito coletivo”, disse Phil.