“As mulheres são especiais, elas são muito mais abertas para ver a luz na escuridão”, disse Mina (nome fictício por razões de segurança).
Mina é uma afegã que trabalha como missionária no Global Catalytic Ministries. Ela conta que as mulheres cristãs que trabalham em agências missionárias sempre foram corajosas para chegar a lugares remotos do Afeganistão a fim de pregar o Evangelho.
Mas, com a chegada do Talibã, depois da tomada de governo em 15 de agosto de 2021, as mulheres foram proibidas de trabalhar e até de sair de casa. “Elas não podem mais fazer parte de grupos de ajuda”, conforme o MNN.
‘As mulheres perderam a liberdade’
A decisão dos terroristas do Talibã em praticamente prender as mulheres em casa afetou todo o país.
“Como a mulher não pode sair, então automaticamente, as mulheres mais necessitadas não recebem mais ajuda”, explicou Mina.
Além das mulheres, as crianças também sofrem com isso e a próxima geração está em risco: “Você vê muito mais crianças morrendo agora porque as pessoas na aldeia não têm experiência em como ajudar no parto”.
“As mulheres não podem ir para as aldeias a fim de treinar outras mulheres sobre como fazer um parto”, ela explicou sobre as atuais dificuldades das grávidas que estão para dar à luz.
‘A esperança permanece'
Apesar dos enormes desafios, a missionária diz que a presença de Deus tem sustentado os cristãos: “Você vê muitas coisas ruins acontecendo, mas posso ver o quanto Deus também está usando isso para o bem”.
“O Senhor está mostrando às mulheres o quanto elas significam para Ele e está levantando uma força de trabalho de maneira secreta. “Estou recebendo mais mulheres e tenho tido mais tempo para visitá-las e conversar”, revelou.
E, apesar do cenário caótico e assustador, Mina afirma que o discipulado continua prosperando: “O reino de Deus está crescendo. O Talibã tentou impedir esse crescimento, mas ele não pode. Eles não têm poder para isso porque o Espírito Santo tem poder sobre eles”, concluiu a missionária ao pedir orações pela Igreja no Afeganistão.