Um grande número de muçulmanos sírios que fugiram de seu país devastado pela guerra e encontraram refúgio no Líbano se converteram ao cristianismo, apesar das ameaças e incidentes de ataques contra os novos convertidos, de acordo com um relatório.
Uma igreja evangélica em Beirute, que não foi identificada devido a questões de segurança, acompanhou a conversão de diversos muçulmanos sírios ao cristianismo, de acordo com o jornal 'Usa Today'.
O pastor da denominação explicou que não duvida que a fé de uma pessoa pode ser transformada, mas precisa saber se a conversão da pessoa é de fato genuína.
"Quando eu vejo uma pessoa que deseja ser cristã, não devo impedí-la, mas saber mais sobre sua fé", disse o pastor.
A Constituição do Líbano prevê a liberdade religiosa. No entanto, milhares estão chegando a Cristo em todo o Oriente Médio, segundo a organização canadense 'Voz dos Mártires' disse em janeiro. O grupo cristão transmite programas de rádio em diversos países orientais.
"Estamos em contato regular com nossas estações de FM no Iraque e conversamos com muitas pessoas que têm famílias no Oriente Médio. Alguns de nossos transmissores do Oriente Médio têm compartilhado testemunhos conosco [sobre muitos que se entregam a Cristo]", relatou a organização.
Europa
Um grande número de refugiados muçulmanos na Europa também estão se convertendo ao cristianismo.
A Igreja da Trindade, no subúrbio berlinense de Steglitz (Alemanha), por exemplo, viu sua congregação subir de 150 para 700 membros devido aos novos convertidos muçulmanos.
"Descobri que a história do islamismo é completamente diferente da nos ensinavam na escola", disse Johannes, um iraniano de 32 anos que se converteu ao cristianismo.
O homem destacou que agora entende que uma religião que tem sua origem na violência - como no caso do islamismo - não pode levar as pessoas ao amor.
"Uma religião que começou com violência não pode levar as pessoas à liberdade e ao amor. Jesus Cristo disse que 'aqueles que usam a espada morrerão pela espada'. Isso realmente mudou a minha mentalidade", acrescentou.
Mais igrejas na Alemanha relataram esse fenômeno crescente em dezembro de 2016, como jornal 'The Independent' noticiou que os muçulmanos - especialmente os iranianos - estão vendo o cristianismo como uma nova chance de liberdade.
"Muitos deles chegam à Alemanha e pensam: 'aqui eu posso escolher a minha religião e eu quero escolher uma religião de liberdade", contou Matthias Linke, pastor da igreja evangélica Freikirchlichen Gemeinde, em Berlim. "Para muitos iranianos que eu batizei, o cristianismo é a religião da liberdade".