Preso no Irã há quase dois anos e meio, o Pr. Saeed Abedini relatou que tem se sentido abalado, após a execução de seis companeiros de prisão terem sido executados próximos a ele nesta semana. O relato foi transmitido por sua esposa, Naghmeh Abedini, durante um discurso, no último sábado (7), no Centro Americano de Direito e Justiça (ACLJ).
"Saeed estava bastante abalado após ter que testemunhar 6 companheiros de prisão serem espancados e levados para serem executados (enforcados) naquele dia", relatou ela.
"Foi um dia duro e escuro ter presenciado isso e ver aquelas vidas sendo tiradas. A visita à prisão foi também muito dura, pelo fato de as famílias daqueles que foram executados estarem chorando e lamentando", acrescentou ela.
Naghmeh soube destas informações, depois de membros da família do Pastor Saeed no Irã terem conseguido fazer uma curta visita a ele na prisão.
"Foi também uma visita emocionante, pois o aniversário de 7 anos de de Jacob [filho] está próximo. A última vez Saeed viu Jacob, ele tinha 4 anos de idade", disse ela, exortando os cristãos a continuarem a orar pelo seu marido "para que ele tenha força para suportar a prisão dura e que Jesus continue a encontrá-lo lá".
"Por favor, orem para que este seja o ano em que Saeed será liberado", disse ela.
Pastor Saeed permanece em uma situação altamente perigosa, segundo a ACLJ. Representantes da organização explicaram que as execuções sumárias, reclusão violenta e espancamentos são comuns em casos com os de Saeed.
Saeed também sofreu ferimentos internos graves devido a espancamentos na prisão.
"O governo Obama deve fazer tudo que está ao seu alcance para trazer este homem que foi preso injustamente, este cidadão norte-americano para casa, para a sua família na América", diz a ACLJ.
Obama levantou a questão da detenção do pastor durante a sua primeira conversa por telefone com o presidente iraniano, Hassan Rouhani em setembro de 2013, mas as autoridades iranianas não responderam.
Saeed cresceu no Irã antes de converter-se ao cristianismo com a idade de 20 anos. Mais tarde, ele viajou algumas vezes com sua família para o Irã, a fim de conhecer alguns de seus parentes e realizar trabalhos cristãos.
Durante uma dessas viagens, em 2009, Saeed foi detido pelas autoridades iranianas e interrogado por sua conversão. Depois de ter sido liberado com uma advertência contra a engajar-se em atividades da Igreja, ele foi novamente preso em 2012, enquanto trabalhava no projeto para a construção de um orfanato.
Saeed foi acusado pelas autoridades iranianas de "colocar em risco a segurança nacional", mas a ACLJ acredita que a punição tem mais a ver com a fé cristã do pastor.