Cristãos pentecostais indonésios no distrito de Indragiri Hilir, na ilha de Sumatra, tiveram que fechar a igreja no domingo (25), após a polícia chegar ao local para impedir os cristãos de cultuarem a Deus, informa o Barnabas Fund.
Esse fato é um dos muitos que acontecem na Indonésia e que mostra a falta de liberdade religiosa no país, que está classificado em 30º lugar na Lista Mundial de Perseguição da Portas Abertas.
Os cristãos da Igreja Pentecostal Indonésia (GPdI) precisaram sair para cultuar do lado de fora, o que também foi impedido pelos oficiais da Agência de Ordem Pública (Satpol PP)
O culto da igreja atendido pela congregação GPdI Efata no vilarejo de Petalongan foi realizado sob uma tenda improvisada perto do prédio da igreja, que também é a casa do pastor Damianus Sinaga.
Ativistas e figuras religiosas criticaram a dispersão forçada, argumentando que ela violava os direitos constitucionais dos cidadãos e sua liberdade de culto, que deveriam ser protegidos pelas administrações regionais e pelo governo central.
As autoridades locais pareciam determinadas a interromper a reunião dos cristãos para adorar. Um contato do Barnabas disse que “esses incidentes estão ocorrendo em muitos lugares na Indonésia”.
Os cristãos representam pelo menos 15% da população da Indonésia, que tem a maior população muçulmana do mundo.
Até uma geração atrás, muçulmanos e cristãos viviam pacificamente lado a lado como iguais, mas desde os anos 1980 o papel do Islã na vida pública aumentou dramaticamente.
A perseguição que os cristãos enfrentam é frequentemente por capricho das autoridades locais, cujas atitudes em relação a eles variam em toda a vasta nação.
Algumas regiões que antes eram majoritariamente cristãs estão sendo gradualmente islamizadas, pois o governo “transmigrou” muçulmanos para viver nessas áreas.