Seis aldeias de maioria cristã foram alvos de incêndios letais na fronteira entre a Turquia e a Síria.
As aldeias sírias Elbeğendi, Güzelsu, Dibek, Üçköy, Üçyol e Dağiçi foram quase reduzidas a cinzas após o incêndio, que muitos suspeitam ter sido incendiado intencionalmente.
"Mesmo que não haja sabotagem, há uma negligência séria", disse um político à agência de notícias turca Bianet.
"Nesses dois países, o incêndio criminoso se tornou uma tática insurgente reconhecida, que visa os recursos agrícolas das aldeias", observou o órgão de controle da perseguição, 'International Christian Concern'. "No caso da Turquia, esses incêndios também foram direcionados à agricultura, já que cerca de 800 oliveiras foram danificadas. São esses tipos de semelhanças entre esta situação e os incêndios no Iraque / Síria que causaram preocupação de que esses incêndios também foram iniciados de forma criminosa".
Segundo Bianet, um mosteiro de Deyrulzafaran também foi severamente danificado no incêndio.
Evgil Türker, presidente da Federação de Associações Siríacas, disse à agência que houve "grandes danos" para a vinha local no momento, já que está em temporada de safras.
"Tudo foi arrasado", acrescentou. "A Gendarmaria e as forças de segurança estão investigando o incidente. Queremos saber o que realmente aconteceu".
Na semana passada, a comunidade cristã síria pediu ajuda militar dos Estados Unidos, depois que o exército turco ordenou uma reunião estratégica de tropas na fronteira entre a Síria e a Turquia.
"O exército turco começou a remover o muro entre a Turquia e o norte da Síria, na área de Tal-Abyad. A Turquia acumulou suas forças e seus representantes jihadistas nesse ponto. O objetivo claramente é invadir a região norte da Síria", afirmou em comunicado o Conselho Militar Sírio apoiado pelos EUA.
"A Turquia tem como objetivo nos matar e destruir, promover um genocídio contra nosso povo. Ainda existem mais de 100 mil cristãos sírios que vivem na região nordeste da Síria e serão mortos ou expulsos se a Turquia invadir", acrescentou.
O grupo observou que atualmente não há "presença militar dos EUA" na área onde as forças militares estão se posicionando neste momento, e advertiu que isso poderia ser desastroso para a população cristã local.
"Em qualquer lugar que essas tropas chegarem no nordeste da Síria será trágico, como em Afrin", disse o líder político sírio Bassam Ishak à agência 'Catholic News Service', observando que a zona de ataque é uma "área onde os curdos e os cristãos vivem".
Até agora, nenhuma ofensiva militar foi relatada.