Terroristas islâmicos matam 120 cristãos em massacre, na Nigéria

O massacre ocorreu enquanto centenas de pessoas voltavam de um funeral na região central da Nigéria.

Fonte: Guiame, com informações de Christian TodayAtualizado: segunda-feira, 2 de julho de 2018 às 13:06
Ao total, 200 pessoas foram assassinadas no massacre, ocorrido na região central da Nigéria. (Foto: Reuters)
Ao total, 200 pessoas foram assassinadas no massacre, ocorrido na região central da Nigéria. (Foto: Reuters)

Dias de violência entre agricultores (principalmente cristãos) e pastores muçulmanos Fulani na área central da Nigéria custaram centenas de vidas e indicam que o governo perdeu o controle da situação.

Mais de 200 cristãos (número atualizado pela Missão Portas Abertas - EUA) foram mortos depois de um funeral, segundo o pastor nigeriano Pam Chollom, que lidera a Igreja de Cristo no Conselho Regional da Igreja das Nações. "Os Fulani armados emboscaram os cristãos no caminho de volta do enterro, atacaram e mataram 34 pessoas da vila de Nekan, 39 de Kufang e 47 pessoas da aldeia de Ruku", disse ele ao jornal nigeriano Premium Times.

O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, que é de etnia Fulani, disse que é injusto culpá-lo pelos assassinatos, segundo a Associação Cristã da Nigéria. "É digno de nota que muitos nigerianos ainda reconhecem que, apesar dos desafios de segurança, este governo obteve notáveis ​​sucessos no setor de segurança", disse ele.

Enquanto a violência reflete a competição por recursos entre agricultores e pastores nômades, muitos observadores dizem que os Fulani estão sendo influenciados e armados por extremistas islâmicos. O terrorismo fulani agora é considerado ainda mais perigoso que o do Boko Haram na Nigéria. 

Esforços

Paul Mershak, representante da organização cristã Tearfund na Nigéria, disse que a violência tem quebrado seus corações. "A Tearfund condena esses atos horrendos e o enorme custo para a vida humana e a destruição generalizada que isso causou", destacou. "Temos trabalhado no Cinturão do Meio da Nigéria na construção da paz, e esse ciclo crescente de ataques quebra nosso coração".

Ele disse que a Tearfund vinha "promovendo o diálogo entre partes adversárias através de comitês de paz locais e que havia trabalhado com os jovens adoecidos por uma vida de ódio e violência". Também ajudou a criar a Agência de Consolidação da Paz do Estado de Plateau, apoiada pelo governo, a primeira desse tipo na Nigéria.

"Todos esses esforços e os de outras agências podem ajudar. Mas agora chegou a hora do governo intensificar seus esforços para levar uma paz duradoura à região do Cinturão Intermediário, comprometer-se com uma estratégia de construção da paz de alto nível e adequadamente planejada, auxiliando as vítimas na recuperação de seus lares e vidas. Agora chegou também a hora de levar todos os perpetradores de violência à justiça, para que possamos buscar um futuro mais promissor para a Nigéria", afirmou Mershak. 

A Força Policial da Nigéria disse em comunicado que estava enviando um reforço especial para o estado de Plateau para aumentar a segurança, que incluiria dois helicópteros de vigilância policial, cinco veículos blindados e oficiais extras de outros estados.

O governador do Planalto, Simon Lalong, falando em uma entrevista coletivana nesta terça-feira (26) em Buhari, chamou o ataque de "perturbador e alarmante porque deixou para trás uma dolorosa perda de mais de 200 pessoas, no total".

Lalong disse que o país enfrenta um desafio humanitário "que confronta milhares de pessoas deslocadas, cujas casas e cultivos queimaram e destruíram completamente".

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