O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na terça-feira (11) uma legislação que pretende garantir que a ajuda humanitária chegue às minorias religiosas e étnicas no Iraque e na Síria, que foram alvo de genocídio por terroristas do Estado Islâmico (EI).
“Nos últimos anos, o EI tem cometido atrocidades terríveis contra minorias religiosas e étnicas na Síria e no Iraque, incluindo cristãos, yazidis, xiitas e outros grupos”, disse Trump, cercado por líderes religiosos na Casa Branca.
A Lei de Emergência e Responsabilidade sobre o Genocídio do Iraque e Síria direciona a assistência dos EUA às comunidades perseguidas, inclusive por meio de organizações religiosas. Também permite que agências governamentais ajudem grupos que estão investigando “atos desprezíveis”.
“Enquanto a administração Trump vem trabalhando para atender às necessidades dos alvos da campanha genocida do EI, essa nova lei dará outro impulso aos grupos de ajuda, incluindo grupos religiosos”, disse em nota o ativista evangélico Tony Perkins, que faz parte da Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA.
“Até recentemente, grupos de ajuda operavam quase que exclusivamente com as doações privadas. No inverno, quando as doenças correm soltas, até mesmo as necessidades básicas, como comida, cobertores e remédios, são raras”, acrescentou Perkins.
Desde que centenas de milhares de cristãos foram expulsos de sua terra natal por causa do surgimento do Estado Islâmico em 2014, muitos ativistas cobraram do governo americano apoio às igrejas e grupos de ajuda, que dão suporte às comunidades minoritárias deslocadas.
No ano passado, uma das promessas do vice-presidente Mike Pence foi modificar a política dos EUA para que a assistência humanitária ao Iraque não passasse pelas Nações Unidas e fosse diretamente para organizações religiosas. Ainda assim, há uma preocupação que a ajuda não chegue aos cristãos perseguidos.
“Houve uma mudança notável desde agosto, com a chegada do enviado especial do vice-presidente para supervisionar o programa de ajuda no norte do Iraque”, disse Bashar Warda, arcebispo católico caldeu de Arbil, no Iraque, cuja arquidiocese é responsável por ajudar milhares de cristãos deslocados no Curdistão, ao The Christian Post.
“A ajuda começou a se mover para as cidades afetadas e as pessoas estão começando a ver a diferença. Ainda estamos aguardando alguns dos projetos mais importantes que apresentamos, mas entendo que começaremos a ver o financiamento para esses programas antes do Natal”, acrescentou.