Cerca de 35 milhões de jovens criados em famílias cristãs podem se desiludir com o cristianismo até 2050, de acordo com uma projeção do relatório The Great Opportunity, desenvolvido nos Estados Unidos pela Fundação Pinetops e o Veritas Forum.
O relatório é baseado em pesquisas que examinam atitudes da geração Y em relação à religião.
“Com base nas fontes de dados primárias, criamos cenários de mudança religiosa para os próximos 30 anos”, explica o texto. “Nossas projeções são baseadas em técnicas de modeling, semelhantes ao que se pode usar em um contexto profissional para previsões de mercado”.
O relatório projeta o declínio do cristianismo em três cenários diferentes: “caso base” (se as tendências continuarem como no presente), “pior caso” (se as tendências piorarem) e “melhor caso” (se as tendências melhorarem).
O relatório estima, através do cenário de “caso base”, que até 35 milhões de jovens criados nos lares cristãos vão deixar o cristianismo até 2050. Levando em conta o “pior caso”, o número salta para cerca de 42 milhões; enquanto que no “melhor caso”, a projeção cai para 26 milhões.
Embora o relatório admita que é difícil encontrar dados claros, ele projeta a “maior perda geracional de almas da história”.
“Não é uma mudança gradual como na Europa (é fundamentalmente diferente; não acreditamos que isso seja resultado da secularização, mas da indiferença)”, expande o relatório.
“A necessidade é urgente; a geração Y tem agora quase 20 anos, e todos os dados sugerem que a maioria das pessoas decide sobre sua afiliação religiosa aos 25, com a porta se fechando aos 35. Estatisticamente, embora não conclusivamente, perdemos grande parte da oportunidade para a geração Y, e a primeira onda da geração Z está entrando na faculdade”, destaca.
Mudanças são necessárias
O relatório também pede que as igrejas “transformem o discipulado da juventude”, argumentando que os modelos de ministério de jovens dos últimos 50 anos não são mais eficazes.
Greg Stier, líder do ministério de jovens Dare 2 Share, acredita que as igrejas não podem se contentar em simplesmente desacelerar o sangramento. Ele acredita que as igrejas precisam rever a maneira como ministram os jovens.
“O ministério de jovens precisa ser reprojetado para promover o Evangelho e multiplicar discípulos”, disse ao site The Christian Post. “Não é sobre reuniões, mas sobre a missão. Os jovens anseiam por uma causa que importa. Então eles precisam estar equipados, e os líderes de jovens precisam estar equipados para equipá-los”.
“Não há nada errado com entretenimento e todas essas coisas, mas eles precisam levar a sério a missão que Deus colocou diante de nós. Acho que precisamos ter um padrão mais alto para o ministério de jovens do que diversão, jogos, pizza e uma lição de 10 minutos”, acrescentou.