Enquanto a política mundial se torna cada vez mais complicada, há uma pressão para que organizações globais ajudem os bilhões de pessoas que precisam de socorro em todo o mundo.
No momento, fica claro que a ideia de um governo mundial é cada vez mais aceita, conforme explica o pastor egípcio-americano e autor de best sellers, Michael Youssef, de 73 anos.
Mas o movimento em direção a um governo mundial não é de hoje. Youssef lembra que tudo começou com alguns indivíduos no século XX. Sir John Boyd Orr, por exemplo, foi um médico e político escocês, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 1949, por sua pesquisa para melhorar a produção global de alimentos.
‘Somos um só mundo’
Youssef lembra que Boyd doou todo o dinheiro do prêmio para organizações que trabalham para um governo mundial unido. Em seu discurso de aceitação do Nobel, ele disse: “Agora somos física, política e economicamente um só mundo. A soberania nacional absoluta das nações não é mais possível”.
“Por mais difícil que seja realizá-la, é inevitável buscar alguma forma de governo mundial, com leis internacionais acordadas e meios de fazer cumprir a lei”, ressaltou o médico na ocasião.
Youssef cita também que, em 1950, James Paul Warburg, presidente do Conselho de Relações Exteriores, disse a um subcomitê do Senado dos Estados Unidos: “Teremos um governo mundial, gostemos ou não”.
Mais recentemente, Lord Christopher Monckton, que foi consultor científico da primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, relatou as metas para a Conferência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas de 2009 em Copenhague.
Monckton disse: “Um governo mundial será criado”. A palavra ‘governo’ na verdade aparece como o primeiro dos três propósitos da nova entidade. O segundo objetivo é a transferência de riqueza dos países do Ocidente para os países do terceiro mundo. E, terceiro, acabar com a democracia e a liberdade.
‘Bilionários clamam por um governo mundial’
O bilionário fundador da Microsoft, Bill Gates, disse que ficou desapontado com a conferência de Copenhague em seu objetivo de estabelecer um governo mundial, mencionou Youssef.
Em entrevista ao Süddeutsche Zeitung, jornal diário nacional da Alemanha com sede em Munique, Gates disse: “Temos problemas globais e necessidades urgentes. Mas a forma como administramos o mundo não é supereficiente”.
“Vantagens e desvantagens são distribuídas injustamente. Sempre temos divisões do exército prontas para uma guerra. Mas e o combate à doença? Quantos médicos temos? Quantos aviões, tendas, cientistas? Se existisse um governo mundial, estaríamos mais bem preparados”, continuou.
“Até a Igreja Católica está envolvida no esforço de impor um governo global ao mundo. Em 2011, os cardeais do Vaticano emitiram um documento pedindo uma ‘Autoridade mundial’, com A maiúsculo, para impor controles sobre a economia global”, escreveu Youssef em seu artigo no CBN News.
‘Um inferno globalista na terra’
Apesar dos clamores, Youssef lembra que nenhum desses proponentes de um governo mundial parece considerar o seguinte: “Podemos garantir que essa ‘autoridade mundial’ vá governar com sabedoria e benevolência?”
“Esses utopistas ansiosos fazem uma suposição irrefletida de que seu governo mundial será dirigido por pessoas de boa vontade. Mas a história mostra que grandes governos tendem a produzir burocracias desajeitadamente ineficientes ou ditaduras impiedosamente opressivas”, disse o pastor ao citar a pandemia como exemplo.
“Vimos com que facilidade organizações de ‘governança global’ como a Organização Mundial da Saúde podem ser submetidas à vontade de um poder coercitivo como a China comunista. O poder globalizado leva inevitavelmente à corrupção e opressão globalizadas”, alertou.
“Concentrações massivas de poder tendem a atrair personalidades narcisistas que estão empenhadas em usar esse poder para seus próprios fins egoístas. Um governo mundial seria o maior governo que a humanidade já viu. Que garantias os globalistas oferecem de que sua visão utópica não levará a um inferno distópico na terra, dominado por líderes totalitários?”, questionou.
O pastor concluiu citando Apocalipse 13, onde diz que “à besta foi dada uma boca para falar palavras arrogantes e blasfemas”, além disso, “poder para guerrear contra os santos e vencê-los”.
“Esse reinado opressivo do Anticristo é o objetivo para o qual os globalistas estão trabalhando — quer eles saibam ou não. Toda pessoa que ama a liberdade em qualquer lugar do mundo deve rejeitar as tentativas de governos globais e corporações multinacionais que querem nos levar ao abismo de um inferno globalista na terra”, concluiu.