Durante as eleições na Argentina, a Aliança Cristã de Igrejas Evangélicas da República Argentina (ACIERA) afirmou que “nenhum partido político pode representar as igrejas evangélicas”.
“Embora sejam membros das nossas comunidades de fé, o fato é que não representam a igreja evangélica como um todo, nem podem pretender ser tão representativos”, sublinhou.
Além disso, a ACIERA pediu aos cristãos que “não misturem ou confundam funções pastorais com vocação para a coisa pública, tendo cuidado com o rebanho e respeitando as liberdades e escolhas individuais dos fiéis”.
Depois, a organização promoveu um dia de oração entre as comunidades cristãs para que a população possa exercer o seu direito com “a sabedoria necessária”.
Situação da Igreja na Argentina
Segundo a Portas Abertas, ser cristão em alguns países da América Latina já se torna uma decisão arriscada. Atualmente, de cada 15 cristãos latinos, um é perseguido, conforme a organização.
A hostilidade que a igreja argentina vem experimentando tem atingido um nível cada vez maior. Embora os cidadãos sejam livres para escolher uma religião, o estado de Córdova, por exemplo, criou uma lei polêmica que tem sido usada abusivamente contra organizações religiosas.
“O artigo 3 da lei estabelece que a manipulação psicológica pode ocorrer através de grupos que usem técnicas que demonstrem uma grande devoção ou dedicação a uma pessoa, ideia ou objeto, e que empregue em sua dinâmica proselitismo ou doutrina, técnicas persuasivas de coerção que promovam a destruição de personalidade”, explica a Portas Abertas em seu site.
Na prática, isso quer dizer que pregações de pastores e evangelistas podem ser vistas como forma de manipulação para converter pessoas ao cristianismo que foi citado como “seita controversa” pelas autoridades estaduais.