Asia Bibi recebe prêmio por contribuir com a luta dos direitos humanos

Asia Bibi está presa há quase sete anos esperando por sua sentença final.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: terça-feira, 3 de outubro de 2017 às 19:20
Asia Bibi foi acusada de insultar Maomé e por isso foi presa. (Foto: Reuters).
Asia Bibi foi acusada de insultar Maomé e por isso foi presa. (Foto: Reuters).

Asia Bibi, uma mulher cristã paquistanesa condenada à morte em 2010 sob a lei de blasfêmia do Paquistão, foi nomeada para o Prêmio Sakharov do Parlamento Europeu pela Liberdade de Pensamento. O prêmio é concedido às pessoas que fazem contribuições excepcionais para a luta dos direitos humanos, ou aqueles que trazem atenção às violações da mesma causa.

Bibi esteve em um corredor da morte por quase sete anos. Ela teve seu apelo ao Supremo Tribunal do Paquistão adiado para uma data indeterminada. Ela, seu marido e seus cinco filhos foram os únicos cristãos em sua aldeia (em Punjab), que estão sendo claramente forçados a negar a Cristo e se converter ao Islã.

Ela foi condenada e sentenciada depois de uma discussão com uma mulher muçulmana que começou da seguinte forma. A muçulmana disse a Bibi que ela não podia beber da mesma xícara pois Bibi era uma cristã "imunda". Segundo Bibi, quando a mulher ridicularizou o cristianismo, ela respondeu: "Creio na minha religião e em Jesus Cristo, que morreu na cruz pelos pecados da humanidade. O que seu profeta Maomé fez para salvar a humanidade?”.

Blasfêmia?

Sua fala fez com que ela fosse acusada de insultar Maomé e recebeu uma sentença, a prisão. Em 2010, ela foi declarada culpada e condenada à morte. Asia Bibi se tornou a primeira mulher paquistanesa condenada à morte por blasfêmia.

Peter Van Dalen, membro do Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus no Parlamento da região nomeou a Bibi para o prêmio. Ele disse: "O caso de Asia Bibi é de importância simbólica para outros que sofreram simplesmente por expressar sua fé e não têm liberdade de religião", disse ele.

“Nela, vemos a situação de toda a comunidade cristã”, disse Kaleem Dean, analista da agência de notícias Fides. “Seu caso é tragicamente indicativo da insegurança enfrentada por todas as minorias quando se trata de direitos humanos fundamentais”.

Opressão do Estado

Segundo Kaleem, acusações de blasfêmia são "instrumentos do que se tornou a opressão do Estado contra as minorias. Os governadores devem ter coragem e visão para reformar a lei da blasfêmia".

Bibi está entre os seis indicados para o Prêmio Sakharov. O vencedor será anunciado em 26 de outubro e a cerimônia de premiação ocorrerá no parlamento de Estrasburgo em dezembro.

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