União Europeia intervém em favor de Asia Bibi, cristã presa há 9 anos no Paquistão

Mãe de cinco filhos, Asia Bibi foi presa em 2009 e condenada à pena de morte no ano seguinte, por blasfêmia.

Fonte: Guiame, com informações do Portas AbertasAtualizado: sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018 às 15:18
Asia Bibi se encontra no corredor da morte desde 2010. (Foto: Reprodução).
Asia Bibi se encontra no corredor da morte desde 2010. (Foto: Reprodução).

A União Europeia mandou um enviado especial para liberdade de religião e crença para averiguar de perto a situação de Asia Bibi, uma mulher cristã presa há nove anos no Paquistão. Ján Figel, visitou o país recentemente e trouxe mais detalhes sobre o caso.

Durante sua passagem pelo Paquistão, ele informou ao oficiais paquistaneses que a renovação dos contratos de exportação para a Europa depende da libertação de Asia Bibi. Ela, por sua vez, se encontra no corredor da morte desde 2010, sendo acusada de blasfêmia.

No início de fevereiro, a União Europeia afirmou, por meio de um comunicado oficial, que a renovação do status do Paquistão como um parceiro comercial privilegiado estaria ligada ao resultado do caso de Asia Bibi, a cristã perseguida por sua fé.

“Os países da União Europeia estão começando a acreditar que a Suprema Corte do Paquistão está intencionalmente atrasando a audiência de Asia Bibi para apaziguar certas forças políticas no país”, declarou Ján Figel, o enviado especial.

Asia Bibi é mãe de cinco filhos, mas foi presa em 2009 e foi condenada à pena de morte por blasfêmia em 2010. A cristã apelou, mas sua audiência na Suprema Corte foi adiada em meio a protestos, há um ano e meio.

Islamismo

Sabe-se que a blasfêmia contra o islamismo é uma questão bastante delicada no Paquistão. Em novembro, protestos contra uma potencial reforma na lei atual paralisaram a capital Islamabad.

Mesmo com o pesar da pressão internacional sobre o governo para mudar a lei, diversos grupos muçulmanos conservadores continuam a se opor veementemente. Atualmente, o Paquistão ocupa a quinta posição na Lista Mundial de Perseguição, divulgada pela Portas Abertas.

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