Acusado de matar nove pessoas no dia 17 de junho (2015), o jovem Dylann Roof pode ser condenado à pena de morte. A sentença deve ser solicitado por uma procuradora do Estado da Carolina do Sul (EUA).
A jurista Scarlett Wilson disse esta semana que Dylann Roof, o atirador, deliberadamente massacrou as nove pessoas. De acordo com a ABC News, o rapaz fez diversos disparos contra cada uma das vítimas, na Igreja Metodista Episcopal Emmanuel, em Charleston (EUA).
"Este foi o último crime e a justiça de nosso Estado pode sentencia-lo ao castigo final", disse Wilson em um comunicado.
Réu confesso, Roof enfrenta nove acusações estaduais por crimes de homicídio.
Wilson disse que algumas das famílias das vítimas não concordaram com a pena de morte. O que poderia comprovar isto, de alguma forma, é que dias depois do crime, parentes das vítimas passaram por um tipo de 'acareação' com Roof, durante uma audiência, na presença de um juiz e disseram ao rapaz que o perdoavam.
"De modo geral, o motivo pelo qual essas pessoas estão envolvidas, é porque elas estavam em uma igreja, em uma noite de quarta-feira, para o estudo da Bíblia", disse Andy Savage, um advogado que representa as famílias na ação contra Roof. "Eles não são cristãos apenas aos domingos. Eles são cristãos integralmente. Eles acreditam na santidade da vida. Eles acreditam no perdão. [...] Então o fato deles não serem os defensores da pena de morte não é nenhuma surpresa".
Scarlett disse: "Nós todos concordamos que o perdão pode ser uma parte importante do processo de cura, mas sei que o perdão não significa, necessariamente, abrir mão das conseqüências", disse Wilson.
A procuradora também afirmou que iria apresentar provas sobre o estado mental de Roof, os registros de sua juventude criminosa e sua falta de remorso.
Os advogados do réu não comentaram as declarações de Scarlett.
Roof também vai enfrentar acusações federais, por violar as leis de crime de ódio. Os procuradores federais não disseram se eles também pedirão pela pena de morte.