No Paquistão, um cristão foi condenado à morte por “blasfêmia contra o profeta Maomé”. As autoridades planejam executá-lo por enforcamento nas próximas semanas.
Zafar Bhatti está na prisão desde 2012. Sua defesa legal vai recorrer da decisão. Em 2017, os tribunais o condenaram à prisão perpétua. Mas, no início deste mês, um juiz apelou a uma lei de 1991 que prescreve a pena de morte para aqueles que blasfemam contra Maomé.
Mas, de acordo com Neemias, que trabalha para o Forgotten Missionaries International (FMI), o caso contra Zafar não se sustenta.
Entenda o caso
“Em julho de 2012, um líder islâmico local apresentou uma queixa em Rawalpindi, cidade do Paquistão, dizendo que havia recebido mensagens, de um número de telefone não registrado, insultando a mãe do profeta Maomé.
Depois disso, conforme Neemias, Zafar foi torturado para confessar ter sido o autor das mensagens, mas ele garantiu ser inocente. “Nenhuma evidência forense existe para qualquer blasfêmia feita por ele”, explicou.
“Na verdade, todas as evidências físicas e eletrônicas sugerem que ele realmente é inocente”, continuou.
Líder de um ministério cristão
Antes de sua prisão, Zafar liderou um pequeno ministério, servindo pessoas em extrema pobreza e orando com elas em suas casas. Isso chamou a atenção dos líderes muçulmanos locais.
Até o momento, Zafar sofreu maus tratos terríveis enquanto esteve na prisão. “Ele suportou a pressão de prisioneiros muçulmanos para se converter ao Islã e foi espancado várias vezes”, revelou Neemias.
Ele também contou que, no dia 31 de março de 2013, sua comida foi envenenada, o que causou sangramento no nariz e na boca. “Isso o deixou em estado crítico por vários dias”, disse.
“Pedimos a todos para que orem por Zafar e sua família e para que ele tenha paz e alegria de Cristo, além de coragem e poder do Espírito Santo para suportar tudo isso”, finalizou.
O Paquistão é um dos maiores países islâmicos do mundo, com 96% de muçulmanos e apenas 2% de cristãos. A nação faz parte da Lista Mundial da Perseguição da Portas Abertas e está entre os 10 países que mais perseguem e maltratam cristãos no mundo.