Países que perseguem a Igreja: no Paquistão, muitos cristãos são presos por blasfêmia

Entre os paquistaneses, os cristãos são vistos como cidadãos de segunda classe e, normalmente, são desprezados e hostilizados.

Fonte: Guiame, com informações de Portas AbertasAtualizado: segunda-feira, 12 de abril de 2021 às 14:18
A cristã Asia Bibi chegou a ficar no corredor da morte após ser acusada injustamente por blasfemar contra Maomé. (Foto: Portas Abertas)
A cristã Asia Bibi chegou a ficar no corredor da morte após ser acusada injustamente por blasfemar contra Maomé. (Foto: Portas Abertas)

POPULAÇÃO: 208,3 milhões 
CRISTÃOS: 4 milhões 
RELIGIÃO: Islamismo, cristianismo e hinduísmo 
GOVERNO: República islâmica parlamentarista 
LÍDER: Arif Alvi
POSIÇÃO: 5º na Lista Mundial da Perseguição

A República Islâmica do Paquistão é um país soberano do Sul da Ásia, que tem a quinta maior população do mundo e o quarto maior exército, sendo considerado também uma potência nuclear. Entre os maiores problemas da nação estão a superpopulação, terrorismo, pobreza, analfabetismo e corrupção política. 

Sendo um país estritamente muçulmano — 96% da população, os cristãos paquistaneses enfrentam discriminação institucionalizada. Apesar do crescimento do Evangelho, o Paquistão continua sendo um dos piores lugares do mundo para quem decide seguir a Cristo.

Por causa dessa realidade, há muitos ataques contra as minorias religiosas. Pastores cristãos chegam a ser presos quando não se submetem aos desejos das autoridades. Isso envia um alerta à minoria cristã e a intimida, pois são considerados cidadãos de segunda classe e discriminados em todos os aspectos da vida.

Igrejas monitoradas e cristãos desprezados

As Igrejas históricas até desfrutam de uma relativa liberdade no Paquistão, no entanto, são estritamente monitoradas e alvo frequente de ataques a bomba. Igrejas que trabalham ativamente em evangelismo e ministério com jovens enfrentam maior perseguição na sociedade. 

Entre os paquistaneses, os trabalhos considerados baixos, sujos ou depreciativos são oficialmente reservados aos cristãos. Eles podem até ser vítimas de trabalho forçado. 

Como vivem homens e mulheres cristãs no Paquistão

As meninas cristãs correm o risco de sequestro e abuso sexual e, muitas vezes, são forçadas a se casarem com os agressores e a se converterem ao islã. As notórias leis de blasfêmia do Paquistão são usadas para atingir os cristãos, e grupos extremistas islâmicos "defendem" essas leis veementemente. 

As autoridades não protegem as mulheres e meninas e, com frequência, se aliam ao agressor. Elas também são forçadas a testemunhar em tribunal que se converteram voluntariamente ao islamismo. Também há relatos de tráfico de meninas cristãs para trabalho forçado e uma rede de prostituição que as envia para a China. 

Existem centenas de casos de homens cristãos acusados de infringir as leis de blasfêmia do país. Esse argumento é usado para atingir os cristãos durante disputas relacionadas a trabalho ou arrendamento de terras. Os cristãos vivem constantemente sob ameaça de acusação de blasfêmia, destruição de propriedade particular, prisão, agressão física e execução. 

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