A oração não é uma prática que envolve apenas os lábios, mas principalmente o coração. O pastor Joel Engel falou nesta terça-feira (26) sobre o valor de uma busca intencional por Deus.
“A oração é um trabalho do coração; a oração só de boca não funciona. O próprio Deus disse em Isaías 29:13 que o povo lhe buscava com os lábios, mas o coração estava longe Dele”, disse o pastor em culto transmitido online pelo Ministério Engel.
Uma das chaves para a oração é a palavra kavaná, que no hebraico significa “intenção dirigida” ou “devoção”. Em outras palavras, é a oração feita com toda a intenção do coração.
Um dos exemplos bíblicos deste tipo de oração é Ana, mãe do profeta Samuel. Depois de anos sendo humilhada por ser estéril, Ana entrou no templo e orou intensamente a Deus, em lágrimas. Sem dizer uma palavra em voz alta, ela prometeu que, caso tivesse um filho, ele se tornaria um nazireu e iria se dedicar ao sacerdócio.
Deus atendeu o pedido de Ana, que gerou o profeta Samuel. Olhando para essa história da Bíblia, Joel Engel questiona: Qual foi a última oração que Deus te respondeu?
“Você pode achar que oração é simplesmente falar com Deus, mas a verdadeira oração gera uma resposta”, disse o pastor, destacando também a importância de ter um relacionamento com o Pai. “Falar com Deus é um diálogo, é importante, porque alimenta a nossa comunhão com Deus”.
Uma das características de uma oração com kavaná é a atenção total, longe de qualquer distração. “A kavaná é um estado de espírito, uma intenção que alguém tem quando se dedica à oração. Ana fez uma oração profunda e Deus atendeu esse clamor”, explica.
O pastor também observa que Deus permite certas circunstâncias na vida de seus filhos para atraí-los a este nível de oração. “Não reclame das provas, não fique chateado com o que está acontecendo, mas entenda que Deus quer levar você a uma oração profunda”, destaca.
Entrar em nível de oração profundo, no entanto, requer esforço e concentração. Engel ensina que isso pode ser observado entre os judeus, que costumam dar três passos para trás e para frente, antes e depois das orações.
Muitos judeus também têm o costume de se balançar durante a oração: alguns do começo ao fim, outros apenas nas partes em que estão mais concentrados. “Isso porque você está conectando o corpo, a alma e o espírito com Deus”, explica Engel.
O pastor incentiva a fazer orações intensas a Deus porque o “portão das lágrimas” nunca se fecha no céu. “É exatamente como o clamor de uma criança de colo: quando ela precisa dos pais, ela chora”, afirma.
“Assim foi a oração de Ana, feita em lágrimas. Não saiu som de sua boca, mas ela balbuciava. Cada gesto daquela mulher foi anotado. E a partir daquele momento, a oração de Ana torna-se um modelo de oração”, conclui.
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