Ainda que as grandes igrejas norte-americanas continuem em expansão, um novo estudo descobriu que as pessoas estão comparecendo aos cultos com menos frequência.
O Instituto Hartford e a Rede de Liderança lançaram uma pesquisa nesta terça-feira (1) sobre as "Mudanças recentes nas maiores igrejas protestantes da América". Embora o estudo tenha observado a expansão contínua das chamadas "megaigrejas" pelos EUA, existem algumas tendências preocupantes dentro deste fenômeno.
Cerca de 71% das megaigrejas entrevistadas afirmam que experimentaram um crescimento médio de participação de 10% ou mais nos últimos cinco anos. Além disso, apenas 11% das megaigrejas sofreram uma queda na frequência de 2% ou mais nos últimos cinco anos.
Embora o estudo revele números gerais positivos, a pesquisa também constata números decadentes nas megaigrejas. Em 2014, o comparecimento médio semanal nas igrejas entrevistadas foi cerca de 2.696 — número menor do que o constatado em 2010, de 3.800.
Além disso, o número de participantes regulares nos cultos semanais diminuiu cerca de 14% na última década. Em 2005, a média de participantes semanais nos cultos era de 96%. Em 2015, a média de participantes caiu para 82%.
"Eles acham que 'a frequência regular' é para quando 'conseguem ir'", disse Scott Thumma, diretor do Instituto Hartford de Pesquisa de Religião. "Nós encontramos muitas destas grandes igrejas, bem sucedidas, tendo ainda muitos dos mesmos desafios das igrejas menores. Elas não estão imunes às dinâmicas culturais na sociedade."
"Todo mundo está tentando atrair novas pessoas, segurá-las e torná-las discípulos", acrescentou Thumma. "Mas hoje, as pessoas procuram uma experiência temporária de adoração, não um compromisso a longo prazo."
Embora a frequência semanal nas megaigrejas estejam em declínio, mais denominações, com um número maior que 2 mil membros, tem atingido esse status. De acordo com o Instituto de Liderança, a lista megaigrejas nos EUA aumentou em 39% na última década.