No dia 13 de fevereiro de 2017 o pastor Raymond Koh foi sequestrado. Hoje, um ano depois do acontecido, sua esposa ainda clama por sua liberdade. Ela havia sido acusada de “proselitismo” a muçulmanos e foi raptada por homens mascarados perto de sua casa.
Susanna Liew continua a pedir a libertação de seu marido. Há um mês, o inquérito sobre o incidente foi interrompido. "Meu desejo é que Raymond seja libertado para que ele possa se reunir com sua família, especialmente agora no Ano Novo Chinês", disse ela.
"Sua mãe está doente e não o vê há mais de um ano", contou em entrevista ao Channel News Asia.
O pastor Raymond Koh foi sequestrado perto de sua casa em Petaling Jaya, no oeste da Malásia. Após o rapto, a polícia começou a investigar se o pastor pregava o cristianismo aos muçulmanos, ao invés de se concentrar em capturar os homens que sequestraram o líder cristão.
Em plena luz do dia
Com base em imagens, o sequestro foi executado em apenas dois minutos, em plena luz do dia e com alguém gravando todo o processo em vídeo, enquanto outra pessoa é vista redirecionando o tráfego. Nenhuma demanda legítima de resgate foi feita, de acordo com as autoridades.
Antes de seu sequestro, Koh foi acusado de pregar aos muçulmanos. Enquanto a constituição da Malásia prevê a liberdade religiosa, o governo proíbe os não-muçulmanos de pregar aos muçulmanos.
A Comissão de Direitos Humanos da maioria muçulmana, a SUAKAKAM, que também estava perguntando sobre o sequestro, teve que cessar a investigação em janeiro, depois que a polícia acusou um suspeito em relação ao caso, de acordo com o The Star.
Inquérito
De acordo com a lei, a comissão é obrigada a "cessar imediatamente" um inquérito se o processo judicial começar. A esposa de Koh disse no momento em que a família foi "esmagada" pelo súbito fim do inquérito.
"É muito chocante para nós como uma família, pois não fazíamos ideia de que isso acontecesse", disse ela. "Esperamos que haja justiça. Ainda temos esperança, mas hoje tenho medo de que essa esperança tenha sido esmagada".
Amigos próximos da família de Koh disseram anteriormente ao World Watch Monitor que a polícia aparentemente têm informações sobre o sequestro do pastor, mas que eles escondem. "Eles sabem o que aconteceu", disse uma fonte.