Na semana passada, Patricia Heaton, estrela do canal ABC na série "The Middle" e anteriormente "Everybody Loves Raymond", compartilhou seu apoio ao trabalho de um centro de recursos de gravidez em Washington, DC no Twitter: "Escolha celebrar o apoio a vida. Obrigada Northwest Center”, publicou. A atriz viveu a esposa de pastor, Sonda no filme cristão "Mamãe Operação Balada", lançado no Brasil pela CanZion Filmes.
O post, que não usa a palavra "aborto" - até porque foi apolítico -, se popularizou no Facebook. Mas os editores da rede social apresentaram o viral da seguinte forma: “Patricia Heaton: Atriz compartilha mensagem anti-aborto: apoio à vida”.
O post de Heaton vinha com o link para um vídeo com depoimentos daqueles que receberam ajuda do centro de gravidez em um momento em que elas não tinham nenhum apoio. A publicação tendenciosa do Facebook resultou em vários comentários agressivos seguidos de abusos.
"Cale-se mulher rica que nada em dinheiro", disse uma resposta. "Mais uma vez, compartilhe a sua opinião no clube de campo com outros seus 1% e deixe os outros 99% sozinhos. Vou parar de assistir o The Middle agora. Você não apoia as mulheres regulares, então eu não apoia-la", comentou outro internauta.
O Facebook também recebeu forte condenação. "A senhora Heaton está enviando uma mensagem positiva e responsável para as mulheres grávidas sobre a nova vida que elas estão carregando e sobre as opções de pré-natal e pós-parto que elas têm quando se sentem confusas, assustadas ou acreditam que podem ser incapazes de levar ir em frente com seus filhos", escreveu Larry O'Connor em seu blog.
"Por que um de seus editores decidiu chamá-la de mensagem anti-aborto?”, O'Connor perguntou a Zuckerberg. "Isso é preconceito político. Isso é o que parece. Isto disso que estamos a falar", disse.
O Facebook caracterizou a mensagem de Heaton como "anti-aborto" um dia após Zuckerberg se reunir com mais de uma dúzia de líderes conservadores.
"Nós construímos o Facebook para ser uma plataforma para todas as ideias. O sucesso da nossa comunidade depende de que todos se sintam confortáveis para compartilhar tudo o que quiserem", Zuckerberg afirmou após a reunião, de acordo com o Washington Times. "Não faz sentido para a nossa missão ou o nosso negócio suprimir o conteúdo político ou impedir alguém de ver o que mais importa para eles".
Zuckerberg acrescentou que ele queria ouvir as preocupações dos conservadores pessoalmente e ter "uma conversa aberta sobre como podemos construir a confiança". "Eu quero fazer tudo que puder para garantir nossas equipes de defesa a integridade dos nossos produtos", disse ele.