A história do general que levou 250.000 soldados à oração na 2ª Guerra Mundial

O general George Patton decidiu fazer uma oração ousada para Deus mudar o clima durante a Batalha do Bulge.

Fonte: Guiame, com informações do FaithwireAtualizado: sexta-feira, 14 de janeiro de 2022 às 14:48
Imagem de arquivo mostra o general George Patton, comandante das forças dos EUA, liderando ataque na Sicília em 23 de julho de 1943. (Foto: AP Photo/U.S. Army Signal Corps)
Imagem de arquivo mostra o general George Patton, comandante das forças dos EUA, liderando ataque na Sicília em 23 de julho de 1943. (Foto: AP Photo/U.S. Army Signal Corps)

No meio de uma batalha marcada pela incerteza, quando as forças americanas enfrentaram militares alemães em dezembro de 1944, o general George Patton e suas tropas recorreram à oração.

A Batalha do Bulge (ou Batalha das Ardenas) foi organizada pela Alemanha Nazista e considerada uma das mais violentas da Segunda Guerra Mundial. O confronto aconteceu na Floresta das Ardenas, localizada na fronteira entre França, Alemanha, Bélgica e Luxemburgo.

Enquanto os alemães lutavam para manter seu domínio na França — confrontando os soviéticos no fronte oriental e as forças aliadas no fronte ocidental — Hitler organizou uma ofensiva para conter os americanos e britânicos.

Os alemães iniciaram o ataque realizando bombardeios, pegando os Aliados de surpresa. A princípio, os nazistas tiveram sucesso na ofensiva, especialmente pelo inverno rígido que atingiu a região. 

Os americanos em batalha tiveram que lutar em condições duras, por não possuírem roupas adequadas para o inverno. Acender uma fogueira poderia chamar a atenção dos alemães e atrair bombardeios.

Além disso, a densa neblina nas Ardenas impossibilitava os americanos de oferecer apoio aéreo, contando apenas com seus tanques militares de eficiência inferior.


Soldados enfrentaram rigoroso inverno na Batalha do Bulge. (Foto: Wikimedia Commons)

“Os tanques americanos não podiam lutar tão bem, mas os nossos aviões eram superiores”, disse Tim Barton, presidente da WallBuilders, organização que resgata a história esquecida da América, ao Faithwire. “Mas com o mau tempo, nossos aviões não conseguiam decolar. Havia muitos fatores complicadores e os alemães sabiam disso.”

Sem previsão para o fim da neve e da chuva, o general George S. Patton sabia que precisava da ajuda de Deus. Ele então recorreu ao seu capelão superior, o general James O'Neill, que escreveu uma oração ousada, pedindo a Deus para mudar o clima.

A oração dizia:

“Pai todo-poderoso e misericordioso, humildemente suplicamos a Ti, por Tua grande bondade, que contenhas estas chuvas excessivas com as quais tivemos que lutar. Conceda-nos bom tempo para a batalha. Graciosamente, ouça-nos como soldados que clamam a Ti para que, armados com Teu poder, possamos avançar de vitória em vitória, esmagar a opressão e a maldade dos nossos inimigos e estabelecer a Tua justiça entre homens e nações.”

O general Patton ordenou que a oração fosse impressa em pequenos cartões, que foram entregues a cada um dos 250.000 soldados do Terceiro Exército.


Cartão de oração George Patton da 2ª Guerra Mundial. (Foto: Worthpoint)

“O Patton disse: 'Ei, estamos distribuindo esses cartões de oração e todos os homens do Terceiro Exército vão começar a fazer esta oração'”, contou Tim Barton. “E ele realmente designou um dia específico e disse: 'Neste dia, todos nós vamos orar.'”

O general também foi a uma capela e orou ao Senhor, pedindo bom tempo e uma derrota dos alemães — um desejo que logo foi atendido.

“Eles tiveram uma pausa no tempo, os seus aviões se levantaram, eles conseguiram bombardear os alemães e finalmente venceram esta batalha”, relatou Barton. “O general Patton era tão fascinante, porque ele acreditava absolutamente em Deus. Ele acreditava na oração e não há dúvida de que Deus apareceu.”

Barton disse que há uma infinidade de lições a serem aprendidas com o milagre. “Nem tudo precisa estar em ordem para você ir e dizer: 'Deus, preciso de ajuda'”, disse ele. “Patton era realmente rude de muitas maneiras, mas ele sabia que havia um Deus, que Deus era real e que Deus o ouvia quando ele orava.”

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