Missionária morreu para salvar crianças judias do nazismo, na Segunda Guerra

Jane Haining foi professora de crianças judias em uma escola na Hungria e se recusou voltar ao seu país de origem, para protegê-las do nazismo.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: quinta-feira, 17 de agosto de 2017 às 15:22
A escocesa Jane Haining foi missionária na Hungria e ajudou salvar crianças judias, durante a Segunda Guerra Mundial. (Imagem: Guiame)
A escocesa Jane Haining foi missionária na Hungria e ajudou salvar crianças judias, durante a Segunda Guerra Mundial. (Imagem: Guiame)

Uma missionária escocesa que morreu ajudando a proteger as estudantes judias do regime nazista na Hungria deve ser homenageada em sua cidade adotiva de Budapeste.

Jane Haining foi uma missionária da Escola Missão Escocesa ("Scottish Mission School") durante a Segunda Guerra Mundial e será o foco de uma nova exposição no Centro Memorial do Holocausto na capital húngara.

Sua história tinha sido "negligenciada" pela cidade, disse o porta-voz Zoltan Toth-Heinmann sobre a missionária da Igreja da Escócia (Protestante), descrevendo-a como uma figura "única e importante".

Haining teve seu retorno à Escócia exigido pelos oficiais da Igreja da Escócia - devido ao ambiente de guerra e opressão que se instalou na Alemanha da época - mas se recusou, dizendo: "Se essas crianças precisam de mim em dias de sol, quanto mais elas precisam de mim nos dias da escuridão?".

Ela foi presa em 1944, acusada de trabalhar a favor de judeus e levada para Auschwitz-Birkenau, onde morreu aos 47 anos.

A missionária cresceu em Dunscore, perto de Dumfries (Escócia), e Toth-Heinmann visitou a Igreja do 'Queen's Park' em Glasgow, onde ela congregou antes de se mudar para Budapeste, em 1932.

"A história de Jane Haining é uma parte importante da história do Holocausto em Budapeste, e às vezes, para o público em geral, pode ser negligenciada", disse ele.

"Ela era única, porque todos os outros personagens da vida real nessa história - socorristas, vítimas e perpetradores - eram pessoas locais", acrescentou. "Ela foi a única que teve a chance de escolher entre ficar lá para arriscar sua própria vida, salvando crianças ou simplesmente partir de volta para a Escócia".

Toth-Heinmann também lembrou que queria que o maior número possível conhecesse a história de Jane e espera que a exposição "ilustre seu heroísmo aos visitantes".

Ele disse: "O principal objetivo será a educação dos jovens para que eles possam aprender que às vezes é importante fazer sacrifícios".

"Temos vários itens relacionados à sua vida - artefatos, fotografias e documentos - que, juntamente com os testemunhos de alguns de seus ex-alunos, aproximarão sua história dos visitantes", explicou.

O Reverendo Ian Alexander, secretário do conselho missionário mundial da Igreja da Escócia, disse: "A história de Jane Haining é dramática, mas também verdadeiramente inspiradora para nós".

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