Na noite da última segunda-feira (25), lideranças judaicas e sobreviventes do holocausto judeu se reuniram em São Paulo para homenagear as vítimas de um dos maiores genocídios da história e celebrar os 71 anos do fim deste massacre - que se comemora oficialmente nesta quarta-feira (27).
Tendo passado por diversos campos de concentração, o sobrevivente Julio Gartner ainda não se esqueceu do pior local onde viveu.
"De todos os campos por onde eu passei - Aschwitz, Mauthausen, Niederhagen - Niederhagen foi o pior campo de concentração da Europa", disse.
Já Tomas Venetianer se lembra que foi separado de seus familiares e nunca mais os viu, sofrendo com a incerteza sobre o local para onde tinham sido levados, se estavam vivos ou mortos.
"Eu, por exemplo, não tenho ideia de onde os meus tios, minhas tias e meus primos faleceram. Fomos separados e nunca mais nos vimos. Esse era o destino das pessoas que eram levadas para os campos na Polônia", relatou.
Memória
Os objetivos do encontro foram destacados pelo presidente da Federação Israelita de São Paulo, que lembrou que o o nazismo foi responsável pelo massacre das minorias étnicas.
"Nós temos que reverenciar e celebrar a memória das vítimas que morreram no holocausto e eu costumo dizer: não só dos judeus, mas dos judeus e as minorias, vítimas do nazismo", frisou.
Para o sobrevivente George Legman, esta é uma oportunidade de relembrar para não permitir que atrocidades como esta aconteçam novamente.
"É importante lembrar e relembrar tudo, sempre, especialmente para as novas gerações, para nunca mais acontecer o que aconteceu", disse.
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