Stanley Stever cumpriu 33 anos de prisão por um assassinato cometido aos 17 anos. Quando sua vida parecia ter terminado atrás das grades, a graça e o amor de Jesus o alcançou e o transformou em um pregador para outros detentos.
Na adolescência, Stanley recorreu às drogas e ao álcool para lidar com a dor de sofrer bullying na escola desde criança.
"Eu faria praticamente qualquer coisa que fosse colocada na minha frente: de maconha a cerveja a uísque, cocaína, LSD. Eu odiava tudo em mim e faria qualquer coisa para me livrar dessa dor”, revelou o ex-preso, hoje com 52 anos, ao The Christian Post.
Isolado na escola, o adolescente passou a nutrir uma raiva ano após ano. "Eu senti que todo mundo estava sempre tirando sarro de mim e sempre me menosprezando. A raiva e a violência continuaram crescendo dentro de mim. Eu não gostava de estar perto de pessoas”, contou.
Em 1987, a raiva reprimida de Stanley o levou a cometer assassinato e ele foi condenado a 20 anos de cárcere.
Na cadeia, o jovem se aliciou a uma gangue neonazista chamada Irmandade Ariana, para ganhar proteção e pertencimento. Depois de 10 anos, o líder da gangue encontrou Jesus durante um evento evangelístico na prisão.
Testemunhando de perto a transformação na vida do ex-líder, Stanley também se rendeu a Cristo e, pela primeira vez, aprendeu sobre o perdão.
"Ouvi dizer várias vezes que 'perdão não é esquecimento'. Isso significa que você vence o inimigo pelo sangue do cordeiro e pelas palavras do seu testemunho", disse o ex-preso.
Pregando esperança e reconciliação
Vivendo uma nova vida com Cristo, Stanley passou a compartilhar seu testemunho com outros detentos. Trabalhando na Kindway, um ministério evangelístico dentro da prisão, ele levou centenas de homens a Jesus.
Após cumprir 33 anos de reclusão, Stanley foi libertado em outubro de 2020. Completamente restaurado por Deus, hoje ele é casado e continua trabalhando com presos, pregando que há perdão de Deus, esperança e reconciliação para aqueles que cometeram crimes.
"Tornar-se um cristão foi quase como receber um transplante de coração, e isso me deu a capacidade de entender que tenho um novo coração. E com esse novo coração, há uma nova responsabilidade", testemunhou ele.
Além de evangelizar na prisão, o ministério Kindway também ajuda na reintegração de ex-presos na sociedade.
“Meu trabalho envolve homens e mulheres encarcerados, e os ajudamos a lidar com seu passado. E então, nós os ajudamos a fazer a transição de volta para as comunidades. Traz paz ao meu espírito saber que eu estou fazendo a diferença, uma pessoa de cada vez", declarou Stanley.