O chinês Bosco Poon cresceu como um imigrante de Hong Kong tímido e inseguro. O jovem ansiava por pertencimento e aceitação, e uma gangue chinesa acabou o atraindo.
“Eles me introduziram em um mundo que era tão estranho para mim, maconha, êxtase”, contou Poon em entrevista à CBN News. Porém, o sonho de conquistar uma carreira musical o fez abandonar a vida na gangue.
“Eu saí e fiquei sóbrio. Porque eu estava tão determinado que queria entrar na indústria da música”, disse Bosco. O jovem se mudou para outra cidade e trabalhou para se tornar um músico.
Dois anos depois, seus velhos amigos de gangue telefonaram para Bosco, oferecendo uma maneira de ganhar dinheiro fácil. Os gângsters pediram para alugar uma casa vazia que seus pais possuíam e ele aceitou a oferta sem questionar.
Logo depois, Bosco descobriu que os amigos haviam sequestrado um homem e estavam usando o porão da casa como cativeiro até o resgate ser pago.
“Eles estavam muito desesperados. É quase como se fossem um bando de animais. Eu lutei na minha cabeça: 'Devo correr até lá e desamarrá-lo e levá-lo para a delegacia? Ou devo ligar para o 911?'”, disse.
“Mas também no fundo da minha mente estava todo esse medo constantemente me dizendo: 'E se eles descobrirem que eu deixei o cara ir e eles voltarem sua raiva para mim?' Foi então que percebi: 'O que eu fiz?'”, revelou Bosco.
Passada uma semana, a polícia descobriu o esconderijo e prendeu os sequestradores. Poon também acabou sendo detido como cúmplice do rapto. “Fui colocado no carro da polícia, olhando para meus pais soluçando e para todos os vizinhos me cutucando com seus dedos”, lembrou.
Clamando a Deus na solidão da cela
O jovem foi condenado a 12 anos de cárcere e se viu na prisão sozinho e assustado. “Eu pensei 'não sei como vou sobreviver aqui'. Estava cheio de violência, drogas, depravação, corações partidos, dor, gritos, choro. Então, eu tinha muito tempo para refletir sobre as coisas, o que eu nunca tinha feito antes”, relatou ele.
Em sua solidão e se sentido arrependido, Bosco começou a clamar a Deus. “Eu estava soluçando e clamando: 'Senhor, você é real? Se você é real, pode falar comigo porque eu não tenho mais ninguém’. E então este versículo veio a mim que Jesus disse 'Eu estou sempre com você até o fim dos tempos’”, contou.
O chinês entregou sua vida a Jesus na prisão e passou a evangelizar e orar por outros presos. Algumas semanas depois, Bosco teve uma visão enquanto orava.
“Eu vi uma grande nuvem de luz branca descendo do céu se aproximando cada vez mais até chegar ao meu coração, elevando meu coração. Eu estava eletrificado. Tudo o que eu podia ouvir era uma voz: 'Não tenha medo. Eu sou seu Senhor e vou resgatá-lo'”, testemunhou ele.
O capelão da prisão, Tom Rathjen, presenciou a profunda transformação que Cristo operou na vida do ex-gangster. “Ele experimentou o poder de Deus em sua vida. Algo mudou nele que o pegou em chamas. Ele estava sempre falando com alguém sobre o Senhor ou entrando em meu escritório dizendo: 'Podemos orar por fulano de tal?'”, afirmou Tom.
Orando pelos inimigos
Certo dia, Deus desafiou Bosco a orar por seus inimigos. “‘Não, Senhor, isso é muito difícil’. Mas Ele disse: 'Pegue meu amor e faça isso. Meu amor é muito maior que o seu. Apenas focalize seus olhos em mim, apenas tente fazer'”.
“E quando fiz isso, mesmo com lágrimas escorrendo dos meus olhos, enquanto orava por todos os meus inimigos, encontrei a liberdade. Deus me resgatou do ódio também”, disse o jovem.
Após cumprir quatro anos na cadeia, hoje Bosco está em liberdade condicional e rodeado de verdadeiros amigos, incluindo a cantora e compositora canadense Marika e o cantor cristão Brian Doerksen.
Poon tem compartilhado seu testemunho e sua música para que outras pessoas conheçam Jesus e tenham sua vida transformada, como ele teve.
“O mesmo Jesus que se revelou a mim, o mesmo Jesus que me resgatou, é o mesmo Jesus que pode vir a qualquer um de nós aqui. Eu só vivo para Jesus porque Ele me salvou e me deu a vida. Ele é a fonte da minha vida e meu Senhor e meu Salvador”, concluiu Bosco Poon.
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