Sabe-se que muitos missionários brasileiros vão enfrentar a Bolívia para pregar o evangelho. Embora ela não faça parte da Classificação da Perseguição Religiosa, é um país onde os enviados pelas igrejas brasileiras tem se preocupado com a aproximação que o presidente tem dos ideais comunistas.
Recentemente, porém, os bolivianos rejeitaram a reforma constitucional promovida por Evo Morales, de 56 anos, para se candidatar ao quarto mandato (2020-2025). A maioria (51,3%) votou contra e esta é a primeira vez que o atual presidente perde uma votação popular. De acordo com informações da BBC News: "Ainda há um amplo apoio a Morales e seu programa econômico, mas a maioria dos cidadãos está pedindo por mudanças e alguns de dentro do seu próprio partido também manifestaram desejo de ‘algo novo’, principalmente os políticos mais jovens".
Segundo artigo publicado no jornal “La Razon”, no último dia 24 de fevereiro, Morales declarou à imprensa, logo após os resultados: "Perdemos uma batalha, mas não a guerra" e ainda "o processo revolucionário vai continuar".
Contraponto
De acordo com o comentário de um dos analistas de perseguição do ministério Portas Abertas: "Essa é a primeira derrota eleitoral de Evo Morales. Como devemos interpretá-la? Pode ser um bom sinal de que o socialismo esteja começando a perder as forças. Mas, por outro lado, Morales estará atuando até 2020 e muita coisa pode acontecer até lá", alerta.
Enquanto cristãos são ameaçados e mortos em diferentes países do mundo por causa de sua fé, na América Latina há certa liberdade, mas isto não quer dizer que estão livres de sofrer alguns ataques. "A perseguição aqui é diferente, os ataques são outros. Os cristãos latino-americanos não são decapitados e nem crucificados, mas já podem sentir na pele as sanções políticas contra o seu direito de cultuar a Deus livremente”, comentou o analista.
Resistência do Estado
Ainda de acordo com ele, novas igrejas estão sendo impedidas de serem abertas. “Medidas de governos tem impedido a abertura de novas igrejas e também vem tentando fechar os templos já existentes. Na Bolívia, a Associação Nacional dos Evangélicos da Bolívia (ANDEB) trava uma batalha jurídica, que inclui uma petição de Inconstitucionalidade ao Tribunal, buscando a revogação de leis assinadas pelo presidente Evo Morales. Os cristãos devem ficar atentos", concluiu.