Na última terça-feira (17), a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (PCUSA) finalizou a votação sobre a aceitação e o reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Conhecida como "Alteração 14-F" a emenda redefine a descrição de casamento em seu "Livro de Ordem", agora considerando também a união matrimonial entre pessoas do mesmo sexo e a enquadrando como "família".
Atualmente, a PCUSA tem cerca de 2 milhões de fiéis em todo o país e 171 órgãos de governo regionais. A maioria destes votou a favor da Alteração.
Em 2011, a mesma denominação já havia aprovado a ordenação de sacerdotes que haviam assumido publicamente sua homossexualidade (gays ou lésbicas).
"Justificativa"
Em reunião realizada em Chattanooga, delegados falaram a favor e contra a alteração 14-F. De acordo com a mídia local, um defensor da proposta foi o ministro da Universidade do Tennessee, Kally Elliott.
"Nós temos um monte de estudantes que entram em nosso ministério com a sua história de ser um dos 'motivos de dor e vergonha' na igreja", disse Elliott.
"Nosso objetivo é compartilhar com eles o amor de Jesus Cristo, e para que eles saibam que eles são totalmente amados, plenamente acolhidos não importa como eles sejam ou quem eles sejam".
Protesto
Em uma entrevista dada anteriormente ao The Christian Post, a presidente do Comitê "Lay Presbyterian", um grupo teologicamente conservador, Carmen Fowler LaBerge chamou a passagem provável de Alteração 14-F de 'trágica, mas não surpreendente".
"A Igreja Presbiteriana (EUA), foi minando ativamente seus próprios fundamentos teológicos para as gerações. Esta votação é simplesmente o resultado de cem anos de desvio progressivo da Verdade", disse LaBerge.
A presidente do Comitê também alertou que a decisão pode ser um fator causador de divisões na denominação.
"À medida que mais e mais presbiterianos nos bancos acordam para a realidade de que sua denominação abandonou a Bíblia em troca da acomodação de imoralidade sexual, muitos deles vão sair", disse LaBerge.
"Eles vão querer sair individualmente ou vão deixar a denominação corporativamente, como uma congregação. Mas nós estamos vendo presbitérios que inibem a decisão das congregações para sair, então muitos vão acordar tarde demais para fugir".
Distorção
O discurso apresentando por Elliot se assemelha ao que muitos representantes do movimento LGBT e até mesmo denominações cristãs em diversos países têm adotado: "a aceitação da homossexualidade como demonstração do amor divino".
Perdendo-se na confusão entre aceitação de uma pessoa e / ou de seus atos pecaminosos, o discurso tem ganho popularidade, ainda que sem qualquer base bíblica.