Karol Nawrocki venceu o segundo turno da eleição presidencial na Polônia com 50,89% dos votos, informou a comissão eleitoral nesta segunda-feira (02).
Em seu perfil no Instagram, Nawrocki publicou uma foto celebrando sua vitória eleitoral e escreveu:
“Aos que se preocupam com a sua tradição centenária e respeitam a história. Farei o meu melhor para atender às suas expectativas. Podem ter a certeza que, como chefe de estado, não vou largar nenhum dos assuntos que são importantes para a Polônia e para os poloneses”.
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Segundo a imprensa internacional, a vitória do candidato nacionalista representa um revés para a agenda de reformas do governo pró-europeu.
Seu adversário, Rafal Trzaskowski, prefeito liberal de Varsóvia e aliado do governo do primeiro-ministro Donald Tusk, recebeu 49,11% dos votos.
No primeiro turno das eleições, duas semanas atrás, Nawrocki ficou em segundo lugar, atrás de Trzaskowski.
Historiador eurocético, Nawrocki de 42 anos e boxeador amador, que comandou um instituto nacional de memória, fez campanha prometendo priorizar políticas econômicas e sociais voltadas aos poloneses, em detrimento de outras nacionalidades, incluindo refugiados da Ucrânia.
Casamento gay, drogas e aborto
Sua linha ideológica conservadora o posiciona contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a legalização das drogas e o aborto.
Nawrocki é contrário ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e à adoção por casais homossexuais. Ele se opõe à legalização de uniões civis e à introdução de parcerias civis para casais do mesmo sexo, citando a ética sexual católica como base para sua posição.
Durante a campanha, ele acusou a coalizão governista e grupos LGBT de "sexualizar crianças", realizando atos simbólicos como destruir publicações consideradas ideológicas.
Embora não haja declarações públicas específicas de Nawrocki sobre a legalização ou descriminalização de drogas, sua postura conservadora e alinhamento com o partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS) sugerem uma tendência contrária à liberalização das políticas de drogas.
Nawrocki é firmemente contra a legalização do aborto. Ele defende a criminalização ampla do aborto, alinhando-se à postura do PiS, que já implementou algumas das leis mais restritivas da Europa nesse campo.
Durante a campanha, ele criticou a proposta do governo de Donald Tusk de liberalizar as leis de aborto, prometendo vetar qualquer tentativa de flexibilização
O PiS é conhecido por adotar políticas rigorosas em relação ao consumo de substâncias, incluindo a oposição à legalização de drogas recreativas.
Além disso, ele defende políticas nacionalistas, enfatizando a preservação dos valores tradicionais da sociedade polonesa.
Ele é um aliado do presidente dos EUA, Donald Trump, que o apoiou durante a campanha. Nas semanas que antecederam a eleição, Nawrocki visitou a Casa Branca, reforçando sua proximidade com o governo norte-americano, informou a CNN Brasil.
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