James Tredgett nasceu e cresceu no nordeste de Essex, na Inglaterra, onde sua vida era boa o suficiente para fazê-lo feliz. Tudo começou a mudar quando seus pais se divorciaram e a família acabou se dividindo.
“Eu era o maior garoto da escola primária, minha família morava em uma casa grande e todos os dias pareciam divertidos”, conta. “Na adolescência, a vida começou a desmoronar após meus pais se divorciarem. Com isso, minha mãe e eu nos mudamos para um apartamento sujo em Clacton-on-Sea”.
Ele diz que a partir daquele momento também começou a ter problemas na escola secundária e com relação à fé cristã.
“Não ganhei muitos amigos nem conquistas. Eu também vivi uma vida dupla – sendo arrastado para a igreja, mas odiando o cristianismo. Eu ansiava por algo mais”, lembra.
Aos 16 anos, Tredgett entrou para o Exército, onde começou a trabalhar como 'Técnico de Munição'.
“Meu papel variava de contar balas a descartar bombas. Infelizmente, nunca me senti acomodado no serviço militar e a novidade passou. Saí e entrei nos meus vinte e poucos anos tentando descobrir o que era a vida, governado por um desejo de 'me encontrar' e ser o mais feliz possível”, diz.
A busca por essa “felicidade” tornou-se difícil para o jovem e para as pessoas ao seu redor. “Eu me envolvi com o público errado várias vezes. Relacionamentos iam e vinham, e um particularmente ruim levou a uma gravidez inesperada com um aborto ainda mais inesperado”, conta.
Com isso, Tredgett sentia que sua vida estava fora de controle e a busca por um significado o levou a alguns lugares que ele chamou de “sombrios”.
‘Fundo do poço’
Tredgett começou a trabalhar na área de segurança, e prestando serviços para várias casas noturnas. Ali, outras oportunidades ruins chegaram até ele.
“Este mundo corrupto e às vezes violento me apresentou às drogas pesadas e aos pequenos crimes. Ainda assim, nada disso me satisfez e cheguei ao fundo do poço, espiritual e emocionalmente”, conta.
“Fiz tudo o que o mundo me disse para fazer e não cumpri suas promessas de paz, segurança, amor e muito mais. Confessei isso a alguns membros da família que evitei ao longo dos anos, apenas para ouvir que deveria tentar ir à igreja”.
De volta à igreja
Tredgett lembra que ao visitar a igreja pela primeira vez em muitos anos, ouviu a pregação do Evangelho novamente, mas “desta vez o Espírito abriu meus olhos e tudo fez sentido”.
“Eu tentei viver uma vida boa, mas acabei machucando a mim mesmo e aos outros. Por causa do meu pecado, eu merecia a ira de um Deus justo; mas ver o mesmo Deus encarnado em Jesus e receber o castigo em meu lugar, 2.000 anos atrás na cruz, antes de ressuscitar da sepultura três dias depois para mostrar que minha multa foi paga integralmente - ver tudo isso, realizado para mim, mudou minha vida”, admite.
Vida nova
Ele se entusiasma ao dizer que voltar à igreja “me trouxe vida nova”.
“A segurança que procurava no dinheiro, encontrei nos braços do Pai, que prometeu nunca me deixar ou me abandonar”, diz.
“A paz que um dia busquei nas drogas e em outras experiências encontrei no Espírito Santo – aquele que promete me guardar e me tornar mais parecido com Jesus, o Príncipe da paz”, testemunha.
Ele também diz que o amor que procurava em relacionamentos casuais foi finalmente encontrado naquele que sabia tudo a seu respeito, Jesus.
“Todas essas bênçãos foram minhas pela graça – a graça de um Deus que já foi meu Juiz, mas agora é meu amoroso Pai Celestial”.
Sobre o vazio do seu coração, Tredgett diz que Deus o preencheu. “Seu amor mudou minha vida. Comecei a amar as coisas que antes odiava e vice-versa. Com a ajuda de Deus, larguei os vícios e terminei os relacionamentos doentios porque eu tinha algo infinitamente melhor em Cristo, e essa novidade de vida era algo que eu desejava compartilhar”.
Serviço a Deus
Tredgett decidiu se mudar para Londres, onde seu coração evangelístico aumentou.
“Eu me vi sendo discipulado em uma igreja no sudoeste de Londres que tinha um ex-obreiro da London City Mission como pastor. Ele me encaminhou para a LCM e eu agarrei a oportunidade”, conta.
Ao longo dos anos na LCM, Tredgett mudou de cargos de meio período, onde poderia treinar, para seu atual cargo de tempo integral, trabalhando no leste de Londres, na Ilha dos Cachorros, onde agora mora e ajuda a treinar outros missionários.
“Sou cristão há seis anos e trabalho para a LCM há cinco. Durante esse tempo, meu amor pela divulgação se desenvolveu, principalmente no sentido de alcançar a comunidade muçulmana. Estou empenhado em compartilhar com eles o amor de Deus que vem por conhecer Jesus como o verdadeiro Filho de Deus”, diz Tredgett.
“Também estudo meio período no Seminário de Londres e gostei de me aprofundar no estudo da Bíblia e desenvolver minha compreensão do ministério. Atualmente, estou a três quartos do curso de quatro anos”, explica.
Da morte para a vida
Citando 1 João 4:19, Tredgett fala sobre o amor de Deus e que este tem sido o seu lema desde que foi trazido da morte para a vida em Jesus.
“Minha oração é que outros também conheçam esse amor, tanto pela vida que vivo agora quanto pela mensagem que prego daquele que veio buscar e salvar os perdidos - pessoas perdidas como eu já fui”, diz.
Tredgett voltou para Jesus em agosto de 2013. Pouco depois disso, conheceu Abi, que ele chama de melhor amiga e com quem acabou se casando. Juntos há quatro anos, eles têm uma filha de um ano chamada Charis e esperam outro bebê para maio.
“Deus tem sido tão bom para nós, dando-me não apenas um novo coração, mas uma nova família”, finaliza.