Kaitlin Richardson, de 28 anos, sentiu a visão embaçada e fez um exame oftalmológico de rotina em novembro de 2019. Depois de identificar uma inflamação do nervo óptico, o médico a encaminhou para uma ressonância magnética.
“Tive a sensação de que algo estava errado. Meu maior medo era que eles encontrassem um tumor no cérebro”, disse Kaitlin ao 700 Club. Afinal, foi um tumor cerebral que tirou a vida de seu avô anos atrás.
O temor de Kaitlin se concretizou algumas semanas depois, quando o exame mostrou três tumores cerebrais, chamados também de neurocitoma central. Ela então foi internada no Hospital da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos.
O cirurgião explicou que, se os tumores fossem em partes moles e não estivessem presos aos ventrículos, poderiam ser removidos sem complicações. Mas se eles tivessem endurecido ou entrelaçados em torno de um ventrículo próximo, a remoção poderia causar danos cerebrais ou algo pior.
“Ela pode morrer durante a cirurgia. Eu poderia perder minha esposa depois disso”, disse Noah Richardson, marido de Kaitlin.
Jonah, de um ano e meio, era o primeiro e único filho do casal. “Eu estava triste por não ver o Jonah crescer. Achei que não sobreviveria à cirurgia”, diz Kaitlin.
A família ficou reunida na noite anterior à cirurgia, quando Kaitlin deu duas cartas de despedida, uma para Noah e outra para Jonah. “Foi difícil ver ela fazer isso”, lembra o marido.
Kaitlin e seu filho, Jonah. (Foto: Reprodução/700 Club)
O jovem casal também passou esse tempo cantando louvores e orando a Deus por uma cirurgia segura. “Podemos ficar com raiva de Deus e culpá-lo por tudo, ou podemos simplesmente confiar em Deus”, afirma Noah.
Sustentados pela fé
Na manhã seguinte, enquanto os médicos faziam a cirurgia, Noah permanecia orando. Milagrosamente, eles conseguiram remover três tumores facilmente.
Apesar do sucesso da cirurgia, uma enfermeira explicou a Noah que Kaitlin havia sofrido um derrame e que não tinha resposta reflexa no lado direito do corpo.
“Ver a Kaitlin com os tubos e tudo plugado nela, com curativo na cabeça, pelo nariz e pela boca, não é uma visão que eu queira ver”, diz Noah.
Enquanto Kaitlin se recuperava lentamente na UTI, ficou claro que o derrame deixou sequelas sérias: ela já não conseguia falar.
Noah nunca deixou de orar por sua esposa, com quem era casado há quase 5 anos. “Eu estava orando e declarando sobre ela o tempo todo que ela seria capaz de falar novamente e que ela seria capaz de andar”, ele afirma.
Kaitlin e seu marido celebram a santa ceia. (Foto: Reprodução/700 Club)
Noah também contou com a ajuda de familiares e amigos em oração. Finalmente, após seis dias, Kaitlin mostrou um pequeno progresso: ela mexeu a mão direita. “Deu um momento de esperança”, diz o marido.
Ainda assim, ela não conseguia falar.
Mas em 22 de dezembro, 15 dias depois de sair da cirurgia, Kaitlin disse suas primeiras palavras: “Oi, mãe”.
Passando as próximas 3 semanas em recuperação, Kaitlin trabalhou duro com seus terapeutas para reaprender tudo o que o derrame havia tirado. Ela recebeu alta e foi mandada para casa em 17 de janeiro de 2020, 42 dias após a cirurgia.
“Sou grata por estar viva”, compartilha Kaitlin, que todos os dias têm se fortalecido, enquanto ainda faz tratamento. Ela também deu a Jonah uma irmãzinha.
“Eu superei isso por causa da minha fé em Deus. Estou muito grata por poder brincar com minha família agora e criar novas memórias”, diz Kaitlin. “Só agradeço a Deus que Ele salvou a vida da Kaitlin para nós. Essa foi uma vitória que Deus deu a Kaitlin. Deus foi vitorioso com tudo isso”, finaliza Noah.
Kaitlin e seu marido, Noah. (Foto: Reprodução/700 Club)