Uma pesquisa recente revelou que uma minoria dos pré-adolescentes enxergam a Bíblia como a Palavra de Deus.
O estudo do Centro de Pesquisa Cultural da Universidade Cristã do Arizona, divulgado na semana passada, mostrou o que crianças de 8 a 12 anos pensam sobre a fé cristã.
A pesquisa foi realizada com 400 pré-adolescentes nos Estados Unidos, em dezembro do ano passado. O centro cristão também comparou as respostas dos entrevistados com as opiniões de pais e pastores de adolescentes.
Apenas 25% dos pré-adolescentes afirmaram que acreditam que “a Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus que deve ser um guia para distinguir o certo do errado e viver uma vida boa”.
Enquanto 44% dos pais e 62% dos pastores creem na Bíblia como a Palavra revelada de Deus.
Sobre Jesus Cristo ser o único Salvador do ser humano pela confissão de pecados, apenas 36% dos pré-adolescentes concordam. 54% dos pastores creem na salvação em Cristo e 34% dos pais.
Em relação ao propósito de vida, uma pequena porcentagem de pré-adolescentes (27%) responderam que “a principal razão para viver é conhecer, amar e servir a Deus, com todo o seu coração, alma, mente e força”.
A maioria dos pastores (56%) identificaram conhecer a Deus como o propósito da vida do homem e 33% dos pais responderam o mesmo.
O estudo ainda revelou que apenas 26% dos pré-adolescentes “consultam a Bíblia ao tentar determinar o certo do errado”.
Somente 17% dos pré-adolescentes afirmaram que ser bem sucedido é viver em obediência a Deus, juntamente com 19% dos pais e 42% dos líderes de adolescentes.
Falta de cosmovisão bíblica
Segundo os pesquisadores, a falta de uma cosmovisão bíblica entre a nova geração reflete a fraca formação bíblica dos adultos que os educaram (pais e líderes).
Para George Barna, diretor do Centro de Pesquisa Cultural da Universidade Cristã do Arizona, a formação cristã das crianças e adolescentes é um dos desafios que a Igreja nos EUA enfrenta hoje.
“Devido à forte correlação entre a cosmovisão bíblica e o discipulado cristão genuíno, estamos à beira da invisibilidade cristã nesta nação, a menos que levemos a sério esta crise e invistamos pesadamente na reparação do que está quebrado”, alertou ele.
Barna acrescentou que a porcentagem de americanos que adotam uma cosmovisão bíblica está caindo desde a década de 1990.
O diretor ressaltou a importância de educar as novas gerações na Palavra de Deus logo cedo.
“As crianças são esponjas intelectuais e espirituais na pré-adolescência. Eles estão tentando desesperadamente dar sentido ao mundo, à sua identidade, ao seu propósito e a como viver uma vida significativa e satisfatória”, explicou.
E concluiu: “Os pais, em particular, têm o dever de focar e investir no desenvolvimento da visão de mundo dos seus filhos, que é simplesmente o seu filtro de tomada de decisão para a vida. Se os pais não preencherem esse vazio, outras fontes – como os meios de comunicação, as escolas e até os colegas – influenciarão essa construção da visão do mundo”.