Se a Prefeitura acatar a solicitação feita pelo Ministério Público, o templo só poderá reabrir após a emissão do alvará definitivo.
O Ministério Público de SP aconselhou a prefeitura municipal a cancelar a licença provisória, que permitiu a inauguração do Templo de Salomão (IURD) e tem permitido que o local permaneça aberto por um período de seis meses. A informação foi confirmada em uma reportagem da Folha de S. Paulo, publicada nesta manhã (06/08).
Investigação
Pouco antes da inauguração do Templo, a rádio CBN já havia entrevistado o promotor Maurício Antônio Ribeiro Lopes, que tem comandado uma investigação sobre possíveis fraudes na construção do local.
"Se ficar demonstrado que houve fraude na obtenção do alvará [para a construção do Templo], pode-se até mesmo entrar - lá na frente - com uma ação demolitória do Templo", alertou o oficial da Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo, ligada ao Ministério Público.
O promotor também acrescentou em declarações recentes que o alvará emitido pela Prefeitura para a inauguração do Templo é válido apenas para eventos e, portanto, não se aplicaria a um templo em si.
A validade do alvará (até 18 de janeiro / 2015) também foi questionada pelo promotor, considerando que o documento foi expedido apenas para a realização de um evento.
“Isso não é inauguração, é funcionamento”, afirmou o promotor.
O MP também investiga se o despejo de terras contaminadas na USP Leste teriam alguma ligação com o terreno do Templo. Estima-se que o equivalente a 6 mil caminhões de terra tenham sido descarregados no local entre 2010 e 2011.
Caso a Prefeitura aceite a recomendação, o megatemplo teria que ficar fechado até a liberação do alvará definitivo. Se não acatar, o promotor deve acionar a Justiça.
Após comentar a possibilidade de haver fraudes na construção do Templo, a Igreja Universal se pronunciou em seu site oficial, afirmando que as acusações "não tinham fundamento" e eram "prematuras".
Com informações da Folha.com / CBN / Exame