O culto que começou com jovens da Universidade de Asbury, nos Estados Unidos, impactou o mundo e atraiu pessoas de diversos países. Foram 15 dias de um mover que tem sido reconhecido por muitos como um avivamento para este tempo.
O pastor brasileiro Joel Engel esteve na Universidade de Asbury, na pequena cidade de Wilmore, Kentucky, enquanto os cultos aconteciam. “Multidões de várias nações vieram participar. Há uma atmosfera de muita unção e muita graça”, ele relatou.
Engel registrou imagens de pessoas prostradas a Deus em frente à Universidade, ainda que não houvesse espaço dentro do templo. “Uma grande multidão se formou do lado de fora e houve uma enorme fila contornando o quarteirão”, disse o pastor.
Quais são os pilares desse avivamento? De acordo com Engel, é preciso voltar os olhos para a história, marcada por um “legado missionário”.
A Universidade leva o nome de Francis Asbury, que viveu entre os anos 1745 e 1816. Asbury nasceu na Inglaterra, em uma família metodista, e começou a pregar aos 18 anos. Ele foi para os Estados Unidos em 1771 e, anos mais tarde, foi chamado por John Wesley para estabelecer a Igreja Metodista na América.
Acredita-se que Francis Asbury tenha pregado mais de 16.000 sermões e viajado uma média de 8.000 km por ano a cavalo. Sob sua liderança, a Igreja Metodista na América cresceu de 1.200 pessoas para 214.000 membros e 700 pregadores ordenados, informa o site da Asbury University.
“Asbury deixou um legado de milhares de cristãos e pregadores, um verdadeiro legado de missões”, declarou Engel.
Estátua de Francis Asbury no campus da Universidade em Wilmore, Kentucky. (Foto: Jim Forest/Flickr)
Avivamento de 1970
O pastor lembra que a semente plantada por Asbury floresceu anos depois, durante o avivamento que tomou a Universidade em 1970, em uma época de agitação política e social nos EUA.
No dia 3 de fevereiro de 1970, acontecia mais um culto das 10h no Hughes Auditorium, o mesmo local que abrigou o avivamento de hoje.
O culto, que deveria durar 50 minutos, continuou por 185 horas nos sete dias seguintes, sem interrupção. Naquela semana, as aulas da universidade foram canceladas e uma multidão se reuniu no Hughes Auditorium para adorar ao Senhor e testemunhar.
“A Grande Comissão está ativa neste lugar”, observou Engel. “Quando houve o mover de 1970, centenas de alunos foram enviados por toda a nação levando o avivamento.”
Com a notícia do avivamento se espalhando, a Universidade de Asbury começou a receber ligações, pedindo que os estudantes fossem a igrejas e a outras faculdades compartilhar o que Deus estava fazendo em Wilmore.
Há 50 anos, o campus da Asbury foi tomado pelo mover de Deus. (Foto: YouTube/Epworth League|Instagram/Allen Hood)
Foi assim que 2 mil equipes, formadas por universitários, saíram para testemunhar sobre o avivamento em pelo menos 130 universidades e também em igrejas, espalhando o mover do Espírito Santo por todo o país, conforme o site da Asbury.
Avivamento hoje
Joel Engel acredita que a Universidade de Asbury experimentou a palavra de Habacuque 3:2: “Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e no decurso dos anos, faze-a conhecida”.
“Aqui foi plantada uma semente por Francis Asbury e a semente floresceu. Que Deus venha avivar a sua obra e começar um grande avivamento em nossa geração!”, declarou o pastor.
Engel observou ainda que o avivamento de Asbury carrega consigo alguns fundamentos que são essenciais para o verdadeiro despertar de Deus.
“Há pilares muito firmes de santidade, fé, oração e evangelismo. Essa é uma universidade que tem o legado de santidade e oração. Todos os dias, eles oram por avivamento”, afirma.
E acrescenta: “O estudo da Palavra e a oração são essenciais, mas hoje quero fazer um desafio aos jovens, para que se santifiquem ao Senhor.”
Pessoas ajoelhadas do lado de fora da Universidade de Asbury. (Foto: Joel Engel)
Por fim, o pastor compartilhou seu anseio: “Minha oração é: Senhor, faz de novo! Levante missionários e avivalistas para alcançar essa geração. Nossa oração é que o Senhor faça no Brasil e nas nações!”