A cidade de Louisville, em Kentucky (EUA) já parece estar bem decidida com relação ao seu posicionamento no debate sobre o aborto.
A polícia se mantém em estado de alerta do lado de fora da clínica de abortos 'EMW Women's Surgical Center', onde o grupo pró-vida 'Operation Save America' (OSA), do Texas, realiza um protestos pacíficos.
"Nós nunca estivemos cercados desta forma", afirmou o Dr. Ernest Marshall, diretor da clínica de aborto. "Nós nunca fomos questionados sobre a possibilidade de existirmos, então isso é como temos nos sentindo cercados de forma mais intensa".
Um dos membros do grupo pró-vida que participou dos protestos explicou: "Este é um holocausto que está ocorrendo em nossa terra, são 4.000 crianças mortas todos os anos, então nós nos opomos a isso".
A 'OSA' tem agendado vigilias do lado de fora da clínica, a único que restou no estado de Kentucky. O objetivo a longo prazo do grupo é fazer de Kentucky um modelo nacional em seu impulso para acabar com o aborto na América.
Em todo o país, cada vez mais clínicas de aborto estão sendo forçadas a fechar por não cumprirem as novas diretrizes de saúde e segurança.
O pastor Joseph Spurgeon, um organizador da OSA, explicou: "Duas clínicas de aborto foram fechadas, mas ainda temos uma restante, e sentimos que o estado de Kentucky está pronto para ser o primeiro sem nenhuma clínica deste tipo".
Na semana passada, um juiz federal emitiu um pedido obrigando os manifestantes a permanecerem longe da clínica. Os manifestantes poderiam ser presos se ultrapassassem o 'perímetro de segurança' estabelecido pela ordem judicial.
Líderes de movimentos pró-aborto dizem que a ordem dá privacidade às mulheres que entram na clínica, mas os pró-vida dizem que a ordem fere os seus direitos de protestar.
"Eles querem criar uma zona de segurança para evitar que os cristãos tentem salvar essas vidas através da ministração do Evangelho", disse o pastor e diretor nacional da 'OSA', Rusty Thomas, em entrevista à CBN News.
Thomas descreveu a atmosfera fora da clínica.
"Nós realizamos um culto justamente em em frente aos portões do inferno. Nós não fazemos nada diferente do que fazemos na igreja. A única diferença é que estamos saindo dos templos. Estamos tentando ser o sal da Terra e a luz do mundo", explicou.
Enquanto isso, o governador do Kentucky, Matt Bevin deixou sua opinião bem clara sobre o assunto.
"Este é um estado em que a grande maioria dos cidadãos valoriza a santidade da vida humana e quer protegê-la no grau mais absoluto possível", disse Bevin.