Isaac Liu, filho do famoso pastor perseguido Irmão Yun, revelou como foi protegido por Deus desde o ventre de sua mãe, em meio à perseguição na China.
Em viagem recente ao Brasil, Isaac participou do podcast da Plenitude Distribuidora e contou como foi crescer em uma família de pastores perseguidos pelo Partido Comunista Chinês.
“Quando meu pai era jovem, ele pedia muito ao Senhor: ‘Nos dê oportunidade de enviar centenas de milhares de missionários para China e para as nações’. Hoje, já somos a maior igreja evangélica do mundo, com no mínimo 180 milhões de cristãos”, disse Liu.
Seu pai, o Irmão Yun, ficou conhecido no mundo todo pelo seu livro "O Homem do Céu". Durante a repressão ao cristianismo nas décadas de 1980 e 1990, Yun continuou evangelizando os chineses que nunca ouviram falar de Cristo.
Considerado um criminosos pelo governo, o pastor foi preso várias vezes e torturado pelo simples fato de falar de Jesus. Após anos de perseguições, o irmão Yun deixou a prisão de forma milagrosa.
Hoje, ele vive na Alemanha com status de asilo e trabalha na missão “Back to Jerusalem”, que treina e envia missionários chineses para a evangelização dos povos que se encontram na janela 10:40 – a região do mundo menos alcançada pelo Evangelho, que contempla o norte da África, Oriente Médio e Ásia, onde a maioria da população é muçulmana, hindu e budista, e nunca ouviu falar de Jesus.
“Vamos matar essa criança”
Isaac contou que seus pais foram perseguidos desde o início da formação de sua família. No dia do casamento do casal, o irmão Yun foi preso pela polícia e passou os cinco anos seguintes na cadeia.
“Minha mãe tinha permissão de visitar o meu pai pelo menos uma vez por mês. Aí ela ficou grávida. Por causa da perseguição, a minha mãe perdeu a primeira criança”, comentou ele.
Mais tarde, ela ficou grávida de Isaac. Ao saber disso, as autoridades comunistas ordenaram que o bebê fosse abortado.
“A polícia veio até a nossa casa e falou para minha mãe: ‘Nós vamos ter que matar essa criança, tem que abortar essa criança, porque o pai dela é um pastor’. Daqui dois dias a gente vai voltar para [fazer] o aborto’”, disse.
E Isaac explicou: “Pastor na China não tem permissão de ter filhos, porque o Partido Comunista sabe que se os pastores tiverem filhos, os filhos vão fazer o que os pais fazem”.
Porém, o Senhor providenciou livramento e Isaac nasceu um dia antes dos policiais voltarem para matá-lo.
“Eu nasci em casa de sete meses, com 1,2 quilos. Eu era bem pequenininho, era possível me colocar dentro de um sapato”, observou ele.
“Todas as mulheres da vila vieram para minha casa. Quando elas me viram, começaram a rir de Jesus e falaram: "Deus, como seus bebês são pequenininhos. Isso é o resultado de acreditar em Jesus, essa criança vai morrer’”.
Bebê ameaçado se tornou pastor
Nesse momento, a avó e a mãe de Isaac repreenderam as mulheres e declararam: “Esperem e vocês vão ver como Deus é fiel. Ele vai pregar o Evangelho, ele vai ter uma vida longa”.
Mesmo prematuro, o bebê sobreviveu e se desenvolveu saudável. “Já tenho 41 anos de idade. Aleluia! Foi assim que Deus me deu vida”, testemunhou Isaac.
Hoje, ele é pastor da All Nations Church e autor do livro “Son of the Underground”. Isaac contou que cresceu indo a cultos em campos na China, que reunia 5.000 pessoas para adorar a Deus e ouvir o Evangelho.
“Meu pai plantou igrejas em todas as vilas. A gente tinha reuniões nas florestas e muitas das vezes no cemitério, não havia eletricidade. Hoje, esses ajuntamentos assim não dá mais para fazer, tem câmeras em todos os lugares”, relatou.
Segundo o movimento “Back to Jerusalem”, hoje, cerca de 30 mil pessoas se convertem por dia na China, somando quase 1 milhão de conversões por mês.
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